Caio Blinder é um “progressista”. Eu sou um liberal com viés conservador em áreas morais. Ele é Democrata. Eu, Republicano. Mas ambos podemos concordar com uma coisa: os americanos não precisam de uma “presidenta”. Sim, Blinder vai apoioar Hillary Clinton, e eu, na falta de algo melhor, fico com o bufão Donald Trump mesmo. Mas a cartada sexual que as feministas usam não é desejada nem pelo colega social-democrata:
As feministas já cansaram com essa postura que a tudo julga com base única e exclusivamente no critério do gênero. Hoje há na coluna de Ancelmo Gois um comentário sobre o suposto “machismo” no Itamaraty:
Causa polêmica no Itamaraty um estudo sobre as mulheres na carreira diplomática brasileira, de autoria dos pesquisadores Rogério Farias e Géssica Carmo. O trabalho conclui que, projetando o ritmo de entrada de mulheres na carreira, de 1954 a 2010, para o futuro, somente em 2066 se chegaria à paridade entre os sexos. No Brasil, segundo dados do Portal da Transparência de junho de 2015, as mulheres eram 22,88% dos diplomatas.
Nos EUA, um terço dos embaixadores é do sexo feminino, inclusive a atual representante de Obama em Brasília (Liliana Ayalde). Hillary Clinton, que pode ser a primeira mulher a presidir os EUA, foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. Mas quem mais avançou na inclusão foi o republicano George Bush, que nomeou Condoleeza Rice, mulher e negra, para diririgir o Itamaraty deles entre 2005 e 2009.
Deixando de lado o fato de que foi o Republicano conservador Bush quem colocou uma mulher negra no comando de suas relações exteriores, espanta o foco cada vez maior no gênero e na “raça” das lideranças, em vez de se julgar apenas mérito e competência. Então se há mais homens é por… machismo?
Só o fato de todos ficarem obcecados com isso e fazerem uso político oportunista quando há menos “minorias”, como vimos no caso do ministério de Michel Temer, já comprova o sucesso do avanço feminista. E isso não é algo positivo, que fique claro. Essas feministas escondem seu esquerdismo por trás de sua agenda.
Duvida? Então pergunte a elas se estavam felizes com Condoleeza Rice na era Bush ou se gostariam de uma Margaret Thatcher como primeira presidente americana. Ou “presidenta”. A resposta é evidente: não querem saber de conservadoras como representantes das mulheres.
Os americanos não precisam de uma “presidenta”. O gênero não importa. Se tiverem alguma dúvida, podem nos perguntar. Nós, brasileiros, vimos no que deu apostar na cartada sexual e repetir o tempo todo a importância de ter uma primeira “presidenta” no comando. O país quebrou. Os mais de 11 milhões de desempregados não estão felizes com a experiência.
Não foi porque Dilma é mulher, óbvio. Foi porque é esquerdista, autoritária, incompetente, ou seja, petista. E esse é justamente o ponto! Passou da hora de deixarmos o gênero de lado para avaliar o resto, o que realmente importa. Hillary Clinton não se sai muito bem. É esquerdista como Obama, vista como mentirosa e cínica, e ambiciosa demais. Os americanos não precisam de uma “presidenta” dessas.
Rodrigo Constantino