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Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

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Nos Estados Unidos da América há cerca de 500 bilionários que possuem uma fortuna que totaliza quase 2 trilhões e quatrocentos bilhões de dólares. Toda essa riqueza foi gerada a partir do simples ato de criar valor para os outros. Isto significa que, para que estes 500 bilionários pudessem ter juntado tanto dinheiro, tiveram que fornecer bens de igual valor para milhões de pessoas que pagaram por eles.

O processo de geração de valor no sistema capitalista é assim: para alguém pagar por algo que deseja, é preciso que tenha juntado antes igual montante, obtido também da criação de valor para outros, formando um infindável círculo virtuoso de geração e distribuição de riqueza, onde ganha mais quem mais produz valor para os demais.

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Nenhum dos 2 trilhões e quatrocentos bilhões de dólares cairam do céu. Tampouco foram arrancados à força de alguém. Os 500 bilionários são proprietários legítimos de suas fortunas porque fizeram uma troca razoável, ganharam em dinheiro o que milhões de consumidores receberam na forma de bens materiais, tangíveis ou intangíveis.

Se esses 500 bilionários não tivessem promovido o bem estar de milhões de pessoas, não teriam feito suas fortunas.

Eles não apenas propiciaram a melhoria de vida daqueles a quem servem, como também distribuiram riqueza para milhões de pessoas, contratadas para ajudá-los na produção dos bens e serviços colocados no mercado.

Somente o capitalismo propicia esse tipo de distribuição harmoniosa, constante e concomitante de riqueza, sem violência, através de trocas consagradas pela livre vontade das partes envolvidas.

Já na pequena ilha caribenha de Cuba, há apenas um bilionário, Fidel Castro, o longevo tirano comunista que, com seu irmão Raul, dirige o país como se fosse um negócio só seu. A fortuna que a dupla de fascínoras amealhou não oferece contrapartidas. Foi obtida a partir do método de fazer negócios que todo estatista prefere, o convencimento pelo medo através do uso da coerção.

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Na ilha-prisão dos Castro, há cerca de 11 milhões de escravos cubanos, número equivalente à quantidade de funcionários contratados pelas quarenta maiores empregadoras privadas dos Estados Unidos. Apenas uma delas, a Wal-Mart, possui tantos empregados quanto a população inteira de Havana, ou seja, pouco mais de 2 milhões de pessoas.

A Wal-Mart entrega para seus consumidores, anualmente, bens no valor de 410 bilhões de dólares, o que equivale a seis vezes o que toda a ilha de Cuba produz no mesmo período, cerca de 70 bilhões de dólares.

Estes dados me permitem dizer que há desigualdades sócio-econômicas tanto nos Estados Unidos da América quanto em Cuba. Porém, estas desigualdades são de natureza diversa.

No país capitalista, a desigualdade é decorrente do fato de que as pessoas são premiadas pelo que oferecem para a sociedade, com sua criatividade e produtividade. Enriquecem e tornam-se bilionárias por gerarem valor para que milhões de pessoas usufruam. A distribuição de valor é tão grande e atende a tanta gente que o resultado faz com que amealhem fortunas, o que é justo e desejado.

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No país comunista, a desigualdade não decorre da geração e distribuição de valor que enriquece a população, como ocorre nos países capitalistas. Ela resulta da ação de um déspota e de seu irmão, que impedem as pessoas de criarem elas próprias valor e riqueza, por não disporem do direito à liberdade e nem do direito de propriedade, seja sobre os meios de produção ou sobre os resultados do seu próprio trabalho. Além disso, o pouco que é obtido é negado a quem não pertence ao círculo de poder. Assim, além da inevitável desigualdade, um círculo vicioso de empobrecimento é criado, levando toda a sociedade a uma situação miserável, exceto, é claro, para o bilionário tirano e aqueles que dividem com ele o poder.

Não é por outro motivo, que cubanos insatisfeitos e munidos de coragem arriscam suas vidas atrás de liberdade.