Por Dennis Prager
No que se refere aos comentários sexuais privados de Donald Trump: estamos vivendo uma histeria nacional.
Para entender como e por que, é necessário compreender o papel indispensável que a histeria tem para a esquerda. A esquerda está sempre em modo de grande crise. E, em quase todos os casos, a crise é muito exagerada ou simplesmente falsa.
Por exemplo:
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Poucas pessoas negam que a Terra está aquecendo. Afirmar isso não é histeria. O que é histeria é a posição da esquerda de que as emissões de carbono irão destruir a vida na Terra.
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Ninguém nega que há policiais racistas. O que é histeria é a afirmação da esquerda de que negros inocentes são rotineiramente mortos a tiros por policiais racistas.
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Os protestos generalizados contra o nome Washington ?Redskins? eram pura histeria de esquerda ? só terminou com a revelação por meio de pesquisa que a grande maioria dos índios americanos não poderia se importar menos com o nome.
Os exemplos são infinitos: desde a suposta epidemia de AIDS heterossexual na América e o pânico com o abuso sexual na pré-escola nos anos 80 até os perigos descontroladamente exageradas do fumo passivo e os medos infundados sobre os cigarros eletrônicos.
Somos constantemente obrigados a suportar uma nova histeria fabricada pela esquerda e turbinada pela mídia.
A mais recente é o tsunami de horror em reação aos comentários grosseiros e juvenis de Donald Trump feitos em privado há 11 anos.
O tsunami de condenação de suas observações é por excelência histeria de esquerda. Que mais do que alguns republicanos e conservadores tenham se unido é um testemunho do poder da mídia de massa e da histeria de influenciar pessoas normalmente sensatas.
Isso é histeria em primeiro lugar porque os comentários foram feitos em privado. Eu diria a mesma coisa se observações grosseiras feitas por Hillary Clinton em uma conversa particular tivessem sido gravadas. Na verdade, eu fiz isso. Em 2000, em uma coluna no Wall Street Journal, defendi Hillary Clinton contra as acusações de que ela era uma anti-semita. Naquele ano, foi relatado que Clinton tinha chamado Paul Fray, o administrador da campanha eleitoral fracassada de seu marido em 1974, de um “judeu filho da puta.”
Mesmo o jornal de esquerda, o Guardian, informou que três pessoas – duas testemunhas e Fray – confirmaram o relato.
No entanto, escrevi, “Eu gostaria de defender Clinton. Faço isso como um judeu praticante e um republicano. … Temos de parar com essa idiotice moral de julgar as pessoas por comentários privados aleatórios.”
Um deles foi Harry Truman, que muitas vezes usou a palavra “kike” quando se referia aos judeus. No entanto, ele foi o melhor amigo dos judeus quando mudou a história judaica, resistindo à poderosa oposição do Departamento de Estado e reconhecendo o Estado de Israel.
O outro era Richard Nixon, que fez comentários anti-semitas em conversas privadas no Salão Oval. Estes foram revelados em fitas que ele mesmo fez de suas conversas, e ele foi, portanto, amplamente rotulado de anti-semita. No entanto, como presidente, Nixon nomeou o primeiro secretário de Estado judeu da América e, mais importante, literalmente salvou a vida de Israel com a sua rápida ajuda por transporte aéreo de suprimentos militares durante a Guerra do Yom Kippur 1973.
Como concluí:
“É altamente enganoso sondar comentários privados para a evidência de anti-semitismo, racismo, intolerância e sexismo.”
Além de não tomar todos os comentários particulares a sério, republicanos, conservadores e independentes precisam se perguntar se o que Trump disse – não fez, mas disse – em uma conversa privada é de forma alguma comparável às coisas verdadeiramente terríveis que Hillary Clinton e seu marido fizeram tanto para as mulheres como para o país.
Eles também precisam se perguntar se vale a pena deixar a Casa Branca para a esquerda por tais trivialidades.
Se Hillary Clinton vencer, os republicanos e conservadores que desistiram de Trump por causa desta gravação realmente acharão que valeu a pena: ter um Supremo Tribunal esquerdista pelos próximos 30 anos; ter juízes de esquerda dominando completamente tribunais federais inferiores; reduzir radicalmente a liberdade religiosa na América; ter os códigos de discurso (politicamente correto) saindo das faculdades para a sociedade como um todo; massivamente aumentar o tamanho do governo e da dívida; trazer dezenas de milhares de refugiados do Oriente Médio árabe; e ter fronteiras abertas?
Como alguém pode responder isso na afirmativa?
A resposta é que a histeria de esquerda já os pegou.
No mesmo dia em que a gravação saiu, também vazaram emails que revelaram que Hillary Clinton disse a um banco brasileiro em 2013 que ela é a favor de “fronteiras abertas”.
Fronteiras abertas significam o fim dos Estados Unidos como os conhecemos.
Isso, meus compatriotas americanos, é motivo para ficar histérico.
Publicado originalmente no Real Clear Politics, tradução livre.
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