Artista adora flertar com a esquerda. São vários os motivos, muitos deles esmiuçados em meu Esquerda Caviar. A visão estética de mundo, o romantismo, a bolha “progressista” em que essa gente vive, tudo isso e muito mais acaba levando autores para o lado esquerdo da política. A cultura nacional, com isso, foi sendo dominada pelos socialistas, que há décadas vêm transformando a ideologia da inveja com uma narrativa boba, infantil e maniqueísta, que inverte os fatos, mas que seduz os leigos.
O mais recente exemplo está na minissérie “Os dias eram assim”, que romantiza o comunismo e demoniza quem o combateu. O empresário sempre tem que ser um canalha insensível, e o jovem sonhador é um romântico “do bem”, mesmo quando explode bombas. Não vamos esquecer como os assassinos Che Guevara e Fidel Castro ainda conseguem arrancar suspiros de emoções nas almas “românticas”, que adoram a ideia de heroísmo guerrilheiro, ignorando a realidade, o rastro de sangue inocente produzido por esses “sonhadores”.
Mas há uma novidade dessa vez: as redes sociais. A grande mídia não mais consegue vender essa visão de mundo impunemente. Seguindo a terceira lei de Newton, para toda ação há uma reação equivalente. E as pessoas comuns encontraram nas redes sociais o instrumento perfeito para se vingar, para oferecer um contraponto. Foi justamente o que aconteceu com esse programa da TV Globo. Se na tela o comunismo é retratado de forma romântica e o regime militar como o Capeta, nas redes sociais ocorre o contrário.
Circulam imagens com o título “os dias eram assim”, mostrando que os dias não eram tão terríveis como a esquerda tenta pintar, ao menos não para o cidadão comum, que não pegava em armas para tentar impor o comunismo no Brasil. Vejam alguns exemplos dessas imagens:
Ninguém precisa idealizar o regime militar para entender o fenômeno: as pessoas estão lamentando a perda da ordem e da decência, em termos relativos. Não precisamos enaltecer os militares para compreender que algumas coisas pioraram desde então, sob a intensa propaganda “progressista” de degradação de valores morais e defesa da bandidagem. A ausência da democracia e da liberdade de expressão deve ser condenada por todo liberal, mas nem por isso precisamos fechar os olhos para algumas mudanças ruins.
Os relatos dos meus pais e amigos que viveram nesse período corroboram essa visão. Para quem queria trabalhar e ser um cidadão decente, o regime militar não representava uma ameaça. Mas quem queria bancar o revolucionário, tentando transformar o Brasil em Cuba, aí era bom ter medo mesmo. E ainda bem! Pois se os militares merecem inúmeras críticas, também merecem o reconhecimento pelo que fizeram: impediram o comunismo de vingar em nosso país. Ao menos naquela época, pois depois ele quase venceu pelas vias “democráticas”.
O próprio Grupo Globo entendia bem esse contexto, tanto que há um ótimo editorial de Roberto Marinho em defesa dos militares, que teriam impedido o verdadeiro golpe: o comunista. Seus herdeiros, infelizmente, parecem ter sucumbido à pressão da esquerda, e aceitam reescrever a história, como se aqueles comunistas fossem democratas combatendo um regime opressor, e não defensores de Fidel Castro e Cuba.
Quanto mais o establishment artístico tentar enfiar goela abaixo das pessoas essa visão distorcida do passado, mais gente vai simpatizar com Bolsonaros da vida. O fenômeno é evidente: as pessoas comuns não aguentam mais essa agenda “progressista”, essa pauta que não é a de ninguém, à exceção da turma aprisionada na bolha da elite “descolada”. O povo trabalhador quer segurança, emprego, a sensação de justiça e ordem, saneamento básico, valores morais decentes para seus filhos. A esquerda combate tudo isso, coisa de “alienado”.
Uma outra imagem que circula nas redes sociais mostra Angela Sales, autora da minissérie, com o deputado socialista Jean Wyllys, o que comprovaria a afinidade ideológica de ambos:
Enquanto o pessoal do andar de cima insistir em idealizar a visão de mundo de um Jean Wyllys da vida, do PSOL defensor do modelo venezuelano, o andar de baixo, o povão, vai continuar apelando para um Bolsonaro da vida, em busca do resgate da ordem e da decência. Um é reação ao outro. É a própria esquerda caviar que tem empurrado tanta gente para os braços do capitão meio tosco, com discurso nacionalista e autoritário, mas que fala a língua do cidadão comum, cansado de tanta vagabundagem vendida como se fosse “liberdade”.
Rodrigo Constantino