A “super-série” da TV Globo “Os dias eram assim” registrou a pior audiência do canal para esse horário, como podemos ver abaixo:
“Os Dias Eram Assim” registra, até agora, a pior média de audiência de todas as produções da faixa horária exibidas pela emissora até hoje. Foram 14 capítulos ao ar e a média de audiência foi de 15,9 pontos. Os dados são da Grande São Paulo. Essa é a pior média dos últimos seis anos. A obra é escrita por Angela Chaves e Alexandra Poggi.
A faixa das 23h foi inaugurada em 2011 com “O Astro”. Após seus primeiros 14 capítulos, a produção tinha média de 21,3 pontos de audiência, com 40% de share. Comparada a “O Astro”, “Os Dias Eram Assim” teve queda de 26% e share 30% menor.
A obra da faixa das 23h com maior audiência foi “Gabriela”. A produção conseguiu média de 30,7 pontos de audiência em suas primeiras duas semanas no ar.
O alcance ainda é grande, motivo pelo qual a esquerda investe tanto em cultura e ocupação desses espaços. Mas os proprietários dos veículos de comunicação deveriam deixar o bolso falar mais alto do que a ideologia, caso contrário vão perder cada vez mais audiência – e receita. O termômetro do que o público quer ver mostra que há falta de sintonia entre autores e consumidores.
No caso dessa série, por exemplo, uma das autoras é camarada do PSOL, e essa visão ideológica está claramente sendo transportada para as telas. A mensagem politizada tenta reescrever a história do Brasil, de forma grotesca, enviesada, enaltecendo e romantizando terroristas comunistas que tentavam transformar nosso país em Cuba.
O recado está dado na audiência em queda. Alexandre Borges, colunista da Gazeta do Povo, comentou:
Nem com Sophie Charlotte pelada deu jeito: “Os Dias Eram Assim” tem a pior audiência das minisséries das 23h de todos os tempos. O público simplesmente não quer os psolistas da Globo reescrevendo a história, estes tempos estão realmente acabando. Os dias agora vão ser assim. Aceitem que dói menos.
Os dias agora vão ser assim: com reação do público, melhor informado graças às redes sociais, que permitiram à direita um espaço para o contraditório. Agora temos um instrumento poderoso capaz de disseminar fatos antes escondidos, fazendo com que mais e mais pessoas possam julgar por conta própria o que realmente aconteceu naquela época.
E, como sabemos, foi algo muito diferente do que diz a esquerda, que banca a vítima como se pregasse a democracia e tivesse sido massacrada por um terrível regime militar opressor e arbitrário. Ninguém nega a existência de excessos, de crimes cometidos pelos militares.
Mas isso não faz daqueles comunistas automaticamente democratas. Nunca foram. E a tentativa de pintá-los dessa forma é uma agressão não só à História, como ao bom senso do público. Creio que os proprietários de empresas de comunicação deveriam se mostrar mais sensíveis a esse recado. Afinal, é ou não o telespectador que tem a palavra final?
Rodrigo Constantino