Por Sergio Alves de Oliveira, publicado pelo Instituto Liberal
O que hoje as grandes mídias estão fazendo em relação ao incêndio que atinge a Região Amazônica Brasileira, sem dúvida é pura patifaria.
Órgãos capacitados e insuspeitos garantem que o atual incêndio está dentro da média dos que aconteceram nos últimos 15 anos. Mas apesar de passados somente 8 meses da gestão de Bolsonaro, o “barulho” feito, inclusive “lá fora”, é muito maior que os “barulhos” anuais somados durante todo esse período de 15 anos de incêndios na floresta.
Há tempos me chamou a atenção uma reportagem que trazia informações sobre uma eventual redução do período anual de chuvas nessa região, de 15 (quinze) dias, que colocaria em alto risco de incêndio TODA a floresta amazônica, com trágicas repercussões na atmosfera terrestre e na própria vida.
O atual incêndio que ocorre na Amazônia abriu as portas da grande mídia e uma grande janela para governantes de esquerda de todo o mundo “abrirem a boca” contra o Brasil, invariavelmente esquecendo de tirarem o “rabo” da estrada que atravessaram e olharem para o que foi feito no passado dentro dos seus próprios países, que tiveram o “direito” de eliminar as suas florestas.
Não podemos esquecer que nesses 15 anos de incêndios na floresta amazônica, que foram da mesma intensidade média que o de hoje, 13 deles estavam sob administração do PT, e a “fumaça” expelida para o espaço nesse período,”somada”, aos olhos da grande mídia e dos políticos e governantes esquerdistas de todo o mundo, teria sido menor que nesses poucos dias do incêndio “do Bolsonaro” que coincidentemente repele a esquerda tanto quanto o diabo repele a cruz. Por que o presidente francês, Emmanuel Macron, agora convoca reunião emergencial da cúpula do “G7” sobre o incêndio, quando durante o tempo anterior das “esquerdas” ninguém jamais havia feito isso? Por que esse alarde somente agora?
Recém “esquentando” a cadeira presidencial onde senta, não há como culpar o atual Presidente, direta ou indiretamente, como responsável por esse incêndio. Nem que ele realmente quisesse essa “façanha”, deliberadamente, esse resultado seria conseguido.
Essa acusação, portanto, foi construída como arma da esquerda e da “sua” mídia para combater os governantes que não compactuam com essa ideologia, que infelizmente contaminou grande parte do mundo, inclusive as suas principais organizações, como a Organização das Nações Unidas, e a própria União Europeia.
Porém não se pode tirar totalmente o direito dos outros países de intervirem, na medida do justo e do necessário, nas questões internas dos diversos países que afetem, de uma ou outra maneira, a “saúde” e a “natureza” nos seus próprios países, e do próprio mundo, conforme o caso. E os incêndios na Amazônia não restringem seus efeitos nocivos aos respectivos países onde ocorrem. “Contaminam” todo o Planeta. A “fumaça” e a poluição decorrentes não respeitam fronteiras geopolíticas.
É lógico que seriam bem-vindas quaisquer contribuições de fora para preservar a floresta amazônica, sem que ferissem a chamada “soberania” brasileira sobre a região. Mas tudo teria que ficar muito distante dos interesses ideológicos, políticos e econômicos dos ambientalistas “oportunistas”, ou das ONGs de “vigaristas”, geralmente nas mãos das esquerdas.
Mas ao que parece o problema da Amazônia está mais na falta de inteligência do que na ausência de vontade e de recursos financeiros para resolvê-los. Essas tais “ONGs”, por exemplo,”nadam” no dinheiro que ganham de todo o mundo e os seus resultados ambientais são pífios.
Talvez pudesse se cogitar do emprego de uma “mínima” inteligência para minimizar os riscos de incêndios de proporções devastadoras na região amazônica.
Por conseguinte , a ideia do “fatiamento” que o Senado “genialmente” adotou no impeachment de Dilma Rousseff poderia ser útil se transferido para a questão ambiental da Amazônia. Que tal dividir,”fatiar”, toda a Floresta Amazônica, em CORREDORES, de alguns quilômetros de largura, em distâncias um do outro a serem definidas, dentro dos quais seria permitido o livre desmatamento? Não seria bem melhor dar um aproveitamento econômico nessa madeira, ao invés dela ser destruída pelo fogo? E que esses “corredores” ficariam como estradas dividindo a floresta e interrompendo incêndios? E que poderiam, ademais, após a derrubada das árvores, servir para exploração da agricultura/pecuária? Sempre como um bloqueio aos eventuais incêndios ? E que a única despesa pública envolvida seria a compra de lápis e mapas para “dividir” e “fatiar” a Amazônia Brasileira? E não poderia surgir daí uma nova fonte de receita pública, mediante participação do Tesouro na exploração da madeira?
Na verdade a configuração compacta e ininterrupta da “mata amazônica”, que pode ser observada por todos que a sobrevoam , impossibilita totalmente qualquer combate vitorioso aos seus incêndios. E nenhum enfrentamento pode ser feito por terra, devido à inacessibilidade oferecida por essa “mata fechada”. E por via aérea, nem toda a frota mundial de aviões contra incêndios daria “conta do recado”, devido à imensidão da floresta.
Sobre o autor: Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.