Em resposta a críticas no Twitter, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), sugeriu a um morador insatisfeito que se mude da cidade. O morador, identificado na rede social como Caio Dantas, escreveu em sua página que “90% do nojo” que tem pela cidade é responsabilidade de Paes.
“Se muda, pô!”, rebateu o prefeito, que passou o fim da tarde deste domingo (10) interagindo no Twitter. Uma hora depois, ao ser questionado por outro usuário da rede social, Paes tentou amenizar: “(Ele) disse que quer se mudar. Por mim, fica”.
Mas reclamou das críticas ao tom de suas respostas. “Deixa de ser mal humorado, pô. Toma um chope, joga uma pelada, dorme cedo, vai à igreja, dá uma namorada. Domingo pode”.
É ou não a cara do carioca malandro? Quem reclama é “mal humorado”, um chato. Legal é quem esquece os problemas e toma uma gelada depois de jogar uma pelada. Pão & Circo para fugir da realidade: eis o que o prefeito do Rio recomenda. E os incomodados que se mudem…
Sou um desses incomodados, e me mudei. Mas não desisti do Rio! Ao contrário: quero mudar justamente essa mentalidade, esse jeitinho malandro, essa cultura “descolada” de que tudo está uma maravilha desde que tenha samba, futebol, bebida e bunda de mulher. Por isso estarei de volta agora em julho para lançar meu novo livro, exatamente sobre esse tema.
É por esse tipo de perfil que coisas assim acontecem, isso vindo de um prefeito tido como “bom de obras”:
Será que é para fazer “slalom” com a bike, como os esquiadores fazem? Veja bem: Eduardo Paes não é muito pior do que há por aí, e basta pensar na ciclovia do petista Fernando Haddad em São Paulo para perceber isso. Eu implico com Duda Paes justamente pelo que ele poderia ser, dada a sua formação, sua origem, seu preparo. Mas por excesso de “malandragem” se tornou isso aí: um bajulador do Lula, um “carioca esperto” que se julga muito descolado, mas enterrou sua chance de ser presidente do país um dia.
Não quero dar munição política para o PSOL, pois esses socialistas seriam muito piores em todos os aspectos! Até o “agressor de mulher” seria menos pior do que Marcelo Freixo. Mas não posso deixar passar em branco essas tiradas do Eduardo Paes, pois elas representam exatamente a cultura que tento combater do típico carioca. É muita malandragem, muito jogo de cintura, muita esperteza, que acabaram produzindo apenas uma “cidade maravilhosa” que tinha tudo para ser realmente maravilhosa, mas é um caos!
Rodrigo Constantino
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