Como um economista “austríaco” que não só previu a crise brasileira já em 2010, quando muitos estavam empolgados com o país e o neokeynesiano Paul Krugman dizia que estávamos muito bem, como também alertou várias vezes para a ineficácia desses estímulos, vou me arrogar o direito de dar lições mesmo a esses laureados com o Prêmio Nobel. Krugman e Stiglitz não entendem absolutamente nada de teoria de ciclo econômico, e pelo visto nunca leram Mises e outros austríacos. Deveriam fazer meu curso de economia básica. Sério!
Sem dúvida nunca trabalharam no mercado financeiro, como fiz de 1997 a 2011. Se fosse o caso, saberiam que essa “eutanásia do rentier” recomendada por Keynes simplesmente não funciona, que os estímulos produzem bolhas e não investimentos produtivos, e que os poupadores ficam ainda mais receosos quando antecipam que tanto estímulo vai apenas ampliar os problemas à frente, quando a conta tiver que ser paga.
Depois que recomendam um monte de intervenção artificial no mercado e este não faz o que era “esperado”, esses “especialistas” não admitem sua parcela de culpa; preferem culpar o maldito mercado! Se Stiglitz acha mesmo que os bancos, ávidos por mais retorno sobre o capital, deixam de emprestar só porque há uma mísera remuneração nas reservas deixadas no Banco Central, então ele precisa recomeçar a estudar economia do zero! Os bancos e todos os investidores estão preocupados com o retorno do capital, e não mais sobre o capital. É isso que os “gênios” não compreendem.
E acabam sugerindo ainda mais estrangulamento, como se aí sim, todos tivessem que sair correndo para emprestar e investir em coisas produtivas, e não em recompra de ações e outras formas especulativas que podem acabar produzindo bolhas. Raios! Se ao menos Krugman e Stiglitz pudessem não só controlar o que os bancos centrais e os governos fazem, mas também o que os mercados fazem… tudo seria tão perfeito! Onde mesmo isso é possível? Ah sim, em regimes totalitários, onde não existe mais esse problema chamado “livre mercado” e onde todas as decisões importantes são tomadas pelos “ungidos” ligados ao governo. Regimes como o soviético e o nazista, para deixar mais claro…
Rodrigo Constantino