A Veja desta semana tem uma excelente reportagem assinada por Eduardo Wolf sobre os “radicais chiques”, aquela casta do andar de cima, até mesmo da aristocracia, que se encanta com os revolucionários niilistas. O tema foi bastante explorado por mim em Esquerda Caviar.
Com base em clássicos da literatura, como Dostoievski, Henry James e Joseph Conrad, Wolf mostra como é antiga essa atração da classe alta pelo niilismo destrutivo. O paralelo com os responsáveis pelo quebra-quebra de hoje no Brasil é evidente.
Uma farsa, apenas isso, que desperta fortes emoções nos mimados e entediados da classe média e alta, apesar de falar em nome do povo o tempo todo. De popular essas causas nunca tiveram nada, só o nome.
O povo trabalhador não quer saber de black blocs, de Sininho, de Guilherme Boulos. Quer trabalhar para melhorar de vida, obter conquistas materiais de fato, não aturar bravatas messiânicas ou confundir patrimônio depredado com justiça social. Os artistas e “intelectuais” da esquerda caviar é que vibram com os discursos inflamados dos boçais. Wolf conclui:
O problema é que as baboseiras niilistas desses mimados não têm a menor graça, especialmente para os mais pobres, que pagam o preço por suas fugas do tédio em busca de algum sentido para suas vidas medíocres.
Rodrigo Constantino
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