A mídia mainstream americana se agarrou ao caso do suposto apoio russo à candidatura de Trump com unhas e dentes, vendo ali a esperança final para sua narrativa de que tudo foi armado, uma conspiração contra os “liberais”. Mas tudo de mais concreto que já saiu das investigações derruba a tese esquerdista, e acaba mostrando que os russos se aproveitam da própria esquerda para o que parece seu real intuito: desestabilizar a América.
O FBI denunciou vários russos, mas nenhum republicano, o que mostra que não há nada contra a turma de Trump. Por outro lado, o vice-presidente do Facebook fez denúncias contra a mídia, justamente porque ela tem ignorado os fatos em troca de sua narrativa. E os fatos relevantes, no caso, apontam para o grosso dos investimentos em propaganda nas redes sociais após as eleições, e fomentando um racha na nação, pois os russos apoiavam ambos os lados radicais.
O presidente Trump chegou a reproduzir as denúncias de Rob Goldman, o VP do Facebook, cobrando da mídia uma reação. A coisa está bem clara: a intenção dos russos NÃO era o resultado da eleição em si, mas disseminar um clima de segregação pela América. Goldman disse claramente que o objetivo seria usar as instituições democráticas e a liberdade de expressão contra o país, e que a tática estaria funcionando.
Ele citou como exemplo a manifestação anti-islâmica de Houston, na qual os americanos foram literalmente manipulados a ir para as ruas por trolls que organizaram os dois lados do protesto. Os russos de Putin estariam usando os americanos como marionetes, forçando uma briga para dividir a nação, o que, convenhamos, a própria mídia mainstream faz muito bem, ao demonizar Trump e seus eleitores. Leandro Ruschel comentou sobre o caso em postagens separadas:
A Russia investiu U$ 2 milhões para tumultuar as eleições americanas. A grande mídia deve ter investido o equivalente a alguns bilhões de dólares em ataques a Donald Trump e defesa de Hillary Clinton, destruindo o senso de jornalismo. O que é mais danoso para a democracia?
Os russos influenciam não só a política mas a cultura americana desde a década de 20! É exatamente por isso que as universidades americanas hoje viraram grandes escritórios do PSOL. Isso é muito mais danoso do que anúncios do Facebook criando discórdia.
O último sujeito nos EUA que realmente lutou contra a influência russa foi o Joseph McCarthy. Como resultado teve a sua reputação destruída, sendo enxovalhado até hoje, apesar de sabermos que quase todos os seus alvos eram de fato agentes comunistas.
O próprio Partido Democrata foi alvo de décadas de influência direta e indireta dos russos, virando hoje um partido neomarxista. Será que tal fato não é mais sério do que US$ 1,5 milhões em anúncios de Facebook? Acordem.
Por que Putin queria Trump na Casa Branca se ele prometeu “fazer a América grande novamente”? Talvez porque Putin saiba que no atual estado de degeneração cultural, um presidente conservador não tenha condições de impor a sua agenda e no final pode até acelerar o processo de degeneração ao dividir ainda mais o país.
Lembre que a investigação do FBI confirmou o apoio dos russos ao candidato Bernie Sanders, esquerdista ainda mais radical que Hillary Clinton, talvez buscando o mesmo efeito que esperavam com o Trump: a maior divisão da sociedade.
O FBI também confirmou algo que o Facebook já havia revelado: muitos dos anúncios e ações bancados pelos russos apoiavam os dois lados de uma questão. Por exemplo, eles organizaram e fomentaram uma passeata anti-islâmica e outra pró-islã ao mesmo tempo. Além disso, o FBI também revelou que a maioria dos anúncios financiados pelos russos aconteceu depois das eleições. Ou seja, eles queriam ver o circo pegar fogo.
Os russos sabem que depois de décadas de marxismo cultural impregnando as universidades, a imprensa e a própria elite do país, agora é uma questão de tempo para alcançar a desintegração completa dos valores americanos.
Os russos tentam influenciar o futuro americano há décadas, e o grau de influência deles na esquerda é enorme. É no mínimo curioso ver a mesma esquerda se voltando contra os russos agora só para atacar Trump, sendo que nenhuma ligação direta de conluio foi provada. Ao contrário: ao que tudo indica, os russos continuam agindo para destruir a América, o oposto do que Trump pretende, que é resgatá-la.
A guerra é cultural, como os russos bem sabem. E nada mais prejudicial ao futuro de uma nação do que esse clima de segregação total do povo, jogado para dois extremos, movidos por ódio nessa polarização radical. Como diria Charles Talleyrand, os esquerdistas americanos não aprenderam nada, não esqueceram nada. Continuam guiados por um antiamericanismo patológico, e fazendo direitinho o papel que os russos querem que façam.
Rodrigo Constantino
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