Por Walter Williams*
Aqui está uma parte do discurso do presidente Donald Trump na Polônia: “A questão fundamental do nosso tempo é se o Ocidente tem a vontade de sobreviver. Temos a confiança em nossos valores para defendê-los a qualquer custo? Temos respeito o suficiente pelos nossos cidadãos para proteger nossas fronteiras? Temos o desejo e a coragem de preservar nossa civilização diante de quem a subverteria e a destruiria?”
Após este discurso, recebido calorosamente pelos poloneses, o presidente encontrou críticas previsíveis. A maioria das críticas refletiu ignorância grosseira e desonestidade.
Um exemplo dessa ignorância foi publicado na revista Atlantic por Peter Beinart, editor contribuinte e professor associado de jornalismo e ciência política na City University de Nova York. Beinart disse: “Donald Trump se referiu 10 vezes ao ‘Ocidente’ e cinco vezes à ‘nossa civilização’. Seus partidários nacionalistas brancos entenderão exatamente o que ele queria dizer”. Ele acrescentou: “O Ocidente é um termo racial e religioso. Para ser considerado ocidental, um país deve ser em grande parte cristão (de preferência protestante ou católico) e em grande parte branco”.
As elites intelectuais argumentam que diferentes culturas e seus valores são moralmente equivalentes. Isso é ridículo. A cultura e os valores ocidentais são superiores aos demais. Tenho algumas perguntas para aqueles que afirmam que tal afirmação é falsa ou repleta de racismo e eurocentrismo. A mutilação genital feminina forçada, praticada em quase 30 países da África subsaariana e do Oriente Médio, seria um valor cultural moralmente equivalente? A escravidão é praticada na Mauritânia, no Mali, no Níger, no Chade e no Sudão; seria moralmente equivalente? Na maior parte do Oriente Médio, existem muitas restrições impostas às mulheres, como proibições de dirigir, emprego e educação. Sob a lei islâmica, em alguns países, as adúlteras enfrentam a morte por apedrejamento. Os ladrões enfrentam a punição de ter as mãos cortadas. A homossexualidade é um crime punível com a morte em alguns países. Esses valores culturais são moralmente equivalentes, superiores ou inferiores aos valores ocidentais?
Durante seu discurso, Trump fez várias perguntas vitais. “Temos a confiança em nossos valores para defendê-los a qualquer custo? Temos o suficiente respeito pelos nossos cidadãos para proteger nossas fronteiras? Temos o desejo e a coragem de preservar nossa civilização diante daqueles que a subverteriam e a destruiriam?” Não há dúvida de que o Ocidente tem o poder militar para se proteger. A questão é se temos a inteligência para reconhecer o ataque e a vontade de nos defender da aniquilação.
Grande parte do mundo muçulmano está em guerra contra a civilização ocidental. Os islamistas usam o multiculturalismo como uma porta de entrada para atacar os valores ocidentais e cristãos por dentro. Grande parte desse ataque tem suas raízes em campi universitários entre a elite intelectual que doutrina nossa juventude. O multiculturalismo ainda não causou o dano nos EUA que causou nos países da Europa Ocidental – como Inglaterra, França e Alemanha -, mas está a caminho.
O meu colega Dr. Thomas Sowell revela alguns dos problemas. Ele diz: “Aqueles no mundo islâmico têm sido ensinados durante séculos a se considerarem bem superiores ao ‘infiéis’ do Ocidente, enquanto tudo o que vêem com os próprios olhos agora lhes diz o contrário”. Sowell acrescenta: “Em nenhum lugar, povos inteiros viram sua situação revertida de forma mais visível ou mais dolorosa do que os povos do mundo islâmico”. Poucas pessoas, como persas e árabes, antigamente no topo da civilização, aceitam suas reversões do destino graciosamente. Além disso, eles não se culpam e sua cultura. Eles culpam o Ocidente.
Por sinal, não é preciso ser um ocidental para manter os valores ocidentais. É preciso aceitar a santidade do indivíduo acima de tudo.
* Publicado pelo Frontpage Mag, tradução livre.
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