Há quase uma década, participei de um famoso “debate” com Ciro Gomes, no qual ele, de forma deselegante, interrompia constantemente meu raciocínio e, lançando mão de sofismas, afirmava ser difícil encontrar “um bilhão” para cortar no gigantesco gasto público. E pensar que esse mesmo Ciro quer ser presidente em 2018…
Mas não era disso que ia falar. Nesse mesmo programa, o empresário Henry Maksoud apresentou uma proposta radical de reforma, que Ciro disse ser inviável, alegando que atravancaria o País. Lembro bem da resposta: Então vamos parar tudo, cruzar os braços e repensar a coisa toda, pois assim não dá mais.
Como um liberal com viés conservador, não sou chegado a utopias e revoluções. Acompanho Burke em sua preocupação na época da Revolução Francesa: precisava destruir tudo que existia antes? Não havia nada no Antigo Regime a ser preservado? E o tempo mostrou como os jacobinos, com sua sanha revolucionária, colocaram tudo a perder, criando apenas um regime de Terror. É preciso preservar as instituições, buscar sua evolução. Mas confesso que fica cada vez mais complicado defender essa postura moderada em meio a tanto abuso. O corporativismo da classe política é asqueroso. Supostos liberais se unem a petistas de olho na impunidade, para fugir da “Lista de Janot” e evitar reformas necessárias que cortem privilégios no governo.
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Rodrigo Constantino
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