O papa Francisco afirmou que “são os comunistas os que pensam como os cristãos”, ao responder sobre se gostaria de uma sociedade de inspiração marxista, em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal italiano “La Repubblica”.
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”, explica Jorge Bergoglio.
Por isso, Francisco espera que os Movimentos Populares entrem na política, “mas não no político, nas lutas de poder, no egoísmo, na demagogia, no dinheiro, mas na política criativa e de grandes visões”.
O pontífice evitou falar do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e assegurou que dos políticos só lhe interessa “os sofrimentos que sua maneira de proceder podem causar aos pobres e aos excluídos”.
Francisco explicou que sua maior preocupação é o drama dos refugiados e imigrantes, e reiterou que é necessário “acabar com os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar, e para eles é necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar mais liberdade e direitos”.
Esse papa esquerdista é uma decepção atrás da outra, mas desta vez ele se superou. Comunista é ateu, ou melhor, é membro de uma seita fanática que promete o paraíso terrestre. São movidos não por amor ou compaixão, mas por ressentimento e ódio. Isso ficou claro sempre que eles chegaram ao poder.
Leandro Ruschel fez bons comentários em sua página:
Tenho uma pergunta para esse Papa, se é que podemos chamá-lo de Papa: se os comunistas pensam como os cristãos, por que em todo regime comunista na história houve perseguição e morte a cristãos?
Dizer que comunista pensa como cristão é o mesmo que afirmar que nazistas pensam como judeus.
Durante a Guerra Civil espanhola, os comunistas não se contentavam apenas em matar freiras em conventos. Eles expunham os cadáveres das freiras em praça pública. Há relatos até de necrofilia. Seria esse um pensamento cristão Papa Bergoglio?
Será que os 322 bispos executados durante a Revolução Comunista russa morreram de amor cristão, Papa Bergoglio?
Será que Jesus Cristo aprovou a execução de 120 milhões de seres humanos por regimes comunistas, Papa Bergoglio?
Não sou católico, mas tenho simpatia pela Igreja e sua história, cujo legado julgo positivo para o Ocidente. Mas de tempos em tempos surge um papa desses, fraquinho, sensacionalista, jogando para a plateia “politicamente correta”, falando um monte de besteiras de áreas que não são as suas, como a política e a economia.
Esse papa é uma vergonha para os católicos do mundo todo! Por que não te calas, papa Francisco? E por que teve que sair antes do tempo, Ratzinger, ou papa Bento XVI? Volta!!!
PS: Sempre que a imprensa fala da Igreja, fico alerta e dou um desconto, o benefício da dúvida ao papa. Afinal, não é de hoje que distorcem falas para jogar os católicos mais para a esquerda. Temos exemplos aqui e aqui que mostram bem como isso já ocorreu antes. E nesse caso mesmo já saiu outro desmentido. Portanto, para quem fala italiano, eis a notícia original. Mas mesmo assim fica cada vez mais difícil defender esse papa. Ele tem claramente inclinações esquerdistas mesmo, e parece aceitar a premissa falsa de que comunistas efetivamente se preocupam com os mais pobres. Isso é inegável. Pode não ser como a Teologia da Libertação, que casou Jesus e Marx à força, praticamente anulando o primeiro. Mas é um papa “progressista” sem a firmeza que tinha um João Paulo II. E isso é lamentável.
PS2: Francisco Razzo oferece um contraponto interessante aqui: “Papa Francisco está certíssimo quando diz que comunistas pensam como cristãos. Infelizmente, os críticos do comunismo com olhar limitado aos aspectos econômico e político não entendem precisamente essa pretensiosa tentação dos comunistas: substituir a narrativa religiosa de fim da história a partir da categoria da totalidade. O comunismo foi uma ideologia que buscou substituir os santos pelos militantes revolucionários, o Evangelho pelos livros de Marx, Lenin e Mao, a Igreja pelo Estado, o Juízo Final pelo Tribunal Popular, o Pecado Original pela Propriedade Privada, o Sacrifício Salvífico pelo Expurgo (mediante o massacre) de milhares de pessoas. O fato é que os grandes críticos do comunismo nunca deixaram de observar o caráter religioso dessa monstruosa ideologia”.
Rodrigo Constantino