Recordar é viver – e também o maior desespero da esquerda, que louva a amnésia coletiva como mecanismo de sua própria sobrevivência política. O que seria da esquerda se as pessoas tivessem mais memória? A idolatria ao fracasso é sua marga registrada, e por isso ela precisa tanto do esquecimento daquilo que foi dito ontem.
Quer um exemplo? Paul Krugman. Sim, o homem tem até um Prêmio Nobel de Economia, e como a esquerda gosta do apelo à autoridade! Mas para que serve o Nobel se o homem virou um militante esquerdista que só diz besteira? “Quem é você, um economistazinho formado pela PUC, para falar do Krugman?” Pois é: apenas alguém que alertou para a gravidade da crise brasileira que viria, enquanto o Nobel estava elogiando nossa situação econômica:
A economia brasileira não enfrenta problemas graves. A opinião é de Paul Krugman, Prêmio Nobel da Economia, em palestra proferida no evento Diálogos Capitais, da revista Carta Capital.
Periodicamente, os mercados se apaixonaram por alguns grupos de países em desenvolvimento. Depois, desapaixonam.
Foi assim com os países da América Latina no final dos anos 70, com o México no início dos anos 90, com o sudeste da Ásia e a Argentina no final dos anos 90.
A boa notícia, segundo Krugman, é que o Brasil não é mais vulnerável há muito tempo.
Hoje em dia, é menor a exposição em relação ao câmbio, há uma estabilidade inflacionária consolidada e uma política fiscal mais responsável.
Ouch! Como é que é? E pensar que isso foi dito praticamente ontem, em 2014, quando vários problemas da nossa economia já eram conhecidos ou previsíveis para qualquer “economistazinho” de meia-tigela! Que papelão, hein, Krugman? As análises dos esquerdistas são mesmo um espanto. Mas mais espantoso ainda é o fato de eles continuarem gozando de estima e espaço na imprensa, apesar de tantos equívocos grosseiros.
Como eu disse, a esquerda adoraria ter aquele raio laser de apagar a memória do MIB. Sorte sua que nem é preciso, pois a turma esquece o que foi dito ontem mesmo…
Rodrigo Constantino
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