Jair Bolsonaro foi eleito o presidente do Brasil. Uma eleição expressiva, apesar dos parcos recursos, do partido antes nanico, da feroz oposição da mídia e do establishment. O capitão venceu a quadrilha petista e todos aqueles que preferiram, de forma vergonhosa, apoiar um presidiário ladrão em nome do medo de um autoritarismo mais inventado do que real.
Não que Bolsonaro seja um candidato perfeito. Longe disso! Mas os rótulos e adjetivos que a imprensa tentou colar nele não vingaram, e acabaram inclusive por ajudá-lo, fenômeno similar ao que vimos nos Estados Unidos com Trump. A falta de um debate sério sobre propostas, substituído por ataques chulos e gritos histéricos de “fascista”, acabou produzindo um efeito bumerangue.
A população, cansada de décadas de hegemonia esquerdista, de mais de uma década de petismo desastroso e, esse sim, golpista e antidemocrático, indignada com o descaso do governo para com suas necessidades mais básicas, como a segurança e o emprego, acabou dando um voto de confiança em Bolsonaro. Uma aposta incerta, sem dúvida, mas que alimenta alguma esperança, especialmente se ele efetivamente seguir as diretrizes de sua campanha.
Na área econômica, teremos o comando de um grande liberal clássico, com doutorado pela Universidade de Chigado. Paulo Guedes lidera uma equipe de primeira, que terá muito trabalho pela frente para reconstruir um país, deixado completamente destruído pela quadrilha petista. Que Bolsonaro realmente escute as sugestões e propostas dessa equipe.
Nos costumes, temos um país igualmente destroçado, mergulhado num relativismo moral abjeto, influenciado por uma elite “progressista” sem compromisso com os valores tradicionais que permitiram o sucesso da civilização ocidental. Bolsonaro precisa ajudar a dar o exemplo de cima, resgatar tais valores, respeitar a família, a fé religiosa, a decência.
Em sua “live”, primeiro pronunciamento como presidente eleito, Bolsonaro falou sobre união, sobre deixar para trás a fase socialista e abraçar esses valores cristãos, respeitar a Constituição, reconstruir a nação, que tem tudo para ser grande e respeitada. Agradeceu muito pelo apoio de milhões de brasileiros, e alfinetou a imprensa, que de fato fez um trabalho enviesado, ideológico, desonesto em geral.
Espera-se que o senso de patriotismo fale mais alto do que desavenças ideológicas, e ainda que seja preciso combater o esquerdismo, é necessário lembrar que Bolsonaro será o presidente de todos os brasileiros. Estamos todos no mesmo barco, no mesmo time, ao menos aqueles que torcem pelo Brasil. Divergências pontuais são parte inexorável da democracia, e espero que Bolsonaro saiba lidar com essas questões de forma madura e humilde, mesmo que mantenha suas convicções sólidas, chanceladas pelas urnas. O Brasil quer mudanças!
Meu papel não muda: continuarei sendo um analista independente e crítico, jamais um bajulador ou torcedor. Bolsonaro ganhou de forma legítima e impressionante, e merece todo apoio na luta para reconstruir a nação. Mas isso não quer dizer aplausos cegos. A função de analistas independentes é a de elogiar quando houver acertos, e criticar de forma construtiva quando houver erros ou desvios de rota. É o que pretendo fazer a partir do primeiro dia de gestão.
Até lá, a comemoração dos eleitores e do presidente eleito é totalmente merecida. Enterraram o PT politicamente, e Lula que pense em outro plano de fuga da cadeia, pois o golpe por meio da presidência está afastado. Parabéns, Bolsonaro! E que Deus lhe ajude a fazer um bom governo.
Rodrigo Constantino
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