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Partido do socialista Freixo chama Shimon Peres de “genocida”

A judeofobia da esquerda é visível, apesar de estranha, quando lembramos que o comunismo já foi tido como uma ideologia de judeus. Acredito que o principal motivo para isso seja a aproximação de Israel com os Estados Unidos, e o fato de a nação judaica ser a única democracia bem-sucedida na região. Como a esquerda é puro ressentimento, inveja, e “marcha dos oprimidos”, precisa pintar os pobres palestinos como vítimas dos ricos israelenses, mesmo que Israel tenha uma democracia sólida com a participação inclusive de muçulmanos, enquanto a Palestina seja dominada por terroristas.

O PSOL, partido de Marcelo Freixo, já deu demonstrações de judeofobia antes. O deputado Babá, próximo de Freixo, chegou a queimar uma bandeira de Israel em local público:

Mas eis que os socialistas passaram de qualquer limite agora. Num texto execrável, asqueroso, o PSOL chama Shimon Peres de “genocida”, ele que foi um grande defensor da paz e até mesmo criticado por muitos israelenses pela postura excessivamente polida para com os vizinhos. Diz o PSOL:

Foi primeiro ministro e presidente de Israel. Portanto, é o responsável direto das agressões e bombardeios, execuções extrajudiciais e violação dos direitos humanos que sofrera durante décadas o povo palestino. Peres tem sido o ideólogo do terrorismo do estado na sua máxima expressão. Foi ele quem nomeou Ariel Sharon para dirigir as tropas que invadiram o Líbano, as mesmas que posteriormente fizeram o massacre de Sabra e Chatila. E foi amigo de todos os ditadores genocidas latino americanos, desde Pinochet, a Videla e Banzer.

Por que lhe outorgaram o Nobel? O Prêmio foi concedido em 1994, compartilhado com o israelense Isaac Rabin e o palestino Yasser Arafat, pela assinatura dos acordos de Oslo, aquele dos dois estados, deixando somente aos palestinos 21% do território ocupado. No entanto, este acordo foi uma fraude. Israel não respeitou nem sequer essa mínima porção da faixa de Gaza e da Cisjordânia, que invadiu com 300 mil colonos e bombardeou diversas vezes massacrando centenas de palestinos. Arafat foi cercado durante meses e, finalmente, envenenado pelos israelenses em 2004.

Com razão, enquanto os poderosos lhe fizeram homenagens em Israel, os palestinos festejaram.

Reparem que o PSOL acha legítimo festejar a morte do estadista! É puro amor, não é mesmo? No mais, quem não respeitou o acordo foi o lado palestino. Reparem que Israel não tem o simples direito de existir, segundo essa esquerda radical. Não pode se defender, como qualquer estado o faz se atacado. O PSOL prefere defender Arafat, esse sim um terrorista que fez de tudo para impedir a paz, como mostro em Esquerda Caviar:

Israel simplesmente não pode existir. O terrorismo é adotado como prática comum para esse fim: exterminar o povo judeu. Nada, além disso, seria aceito pelos líderes palestinos. A existência do inimigo externo, contudo, serve como escusa ao totalitarismo interno. O falecido Yasser Arafat, ídolo da esquerda caviar, não negou tal objetivo, ao declarar que sua organização terrorista OLP planejava “eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado puramente palestino”. Mereceu o Nobel da Paz em troca!

Arafat, acusado de desviar milhões de dólares da OLP, continuou: tornaria “a vida impossível para os judeus através de guerra psicológica e explosão populacional”. Enquanto sua mulher e filha viviam confortavelmente na França, filhos de palestinos, alguns com apenas treze anos, eram mandados, pelo líder, como bombas humanas para o assassinato de crianças, mulheres e idosos judeus.

Até mesmo um deficiente físico foi jogado ao mar em um sequestro de navio pelos terroristas palestinos. Suas ações incluem bombas em sinagogas, discotecas, jardim-de-infância, aviões e centros comerciais. Ainda assim, a ONU recebia Arafat como um respeitado líder. O método estava funcionando, e os ataques terroristas, portanto, intensificaram-se. A Intifada de Arafat chegou ao ápice de violência simultaneamente ao pico de aprovação que ele recebia da esquerda.

[…]

Não adianta: qualquer ação que Israel tome para combater o terrorismo e proteger seu povo será vista como condenável. É a sua própria existência que não aceitam. A prova de que os líderes palestinos não querem de fato a paz está na oferta de Ehud Barak feita nas conversas em Camp David, em 2000. Foi recusada por Arafat, que sequer apresentou uma contraproposta.

Os judeus cederam em praticamente todas as demandas, inclusive a de um Estado Palestino com a capital em Jerusalém, o controle do Monte do Templo, a devolução de aproximadamente 95% da margem ocidental e toda a Faixa de Gaza, e um pacote de compensação de 30 bilhões de dólares para os refugiados de 1948.

O príncipe saudita Bandar exortou Arafat a aceitar a generosa oferta, afirmando que rejeitá-la seria um crime. Arafat, entretanto, escolheu o crime, pois seu terrorismo dependia da manutenção do inimigo, do bode expiatório. Como resultado, milhares de inocentes pagaram com suas vidas essa decisão absurda, com a intensificação dos ataques terroristas que se seguiram, tática deliberada do líder palestino.

São fatos, aquilo que a extrema-esquerda vive ignorando para preservar sua ideologia nefasta. Como contraponto ao texto absurdo do PSOL, recomendo o artigo recentemente publicado no GLOBO de Osias Wurman sobre o legado de Peres, em que diz:

Peres preocupava-se em construir um poderio que garantisse a sobrevivência e a soberania de um jovem Estado, em um ambiente tão hostil. Mas nunca deixou de acreditar que a sua mais poderosa arma era concretizar a paz com os palestinos e com os demais vizinhos árabes.

Criticado por muitos israelenses que o achavam iludido por ser um fanático defensor da paz com os palestinos, Peres respondia que “com a família e os vizinhos não temos outra solução senão a de viver em paz”.

Peres recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1994 e gostava de repetir que, como pacifista, ele era um inegociável otimista. E acrescentava: “Na vida, tanto morrem os otimistas como os pessimistas. A diferença é que os otimistas vivem melhor a vida.”

O texto do PSOL é simplesmente inaceitável, eivado de ódio, de preconceito, de racismo, de tudo aquilo que essa esquerda canalha e hipócrita acusa os outros, sempre os outros. Se Freixo receber o voto de um só judeu, é porque estamos diante de um caso de masoquismo, de Síndrome de Estocolmo, de baixa autoestima, de inclinações suicidas. Os socialistas modernos odeiam Israel, eis a mais pura verdade…

Rodrigo Constantino

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