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O site de processamento de pagamentos PayPal interrompeu as contas de pelo menos duas organizações conservadoras depois que grupos de esquerda as rotularam de “grupos de ódio”, mas as contas foram restauradas depois de uma forte reação de usuários online.

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O PayPal suspendeu as contas pertencentes à Jihad Watch e à American Freedom Defense Initiative na segunda-feira. O movimento aconteceu depois que um repórter da organização de jornalismo investigativo sem fins lucrativos ProPublica enviou perguntas aos grupos.

“Eu estou contatando você para que você saiba que estamos incluindo seu site em uma lista de sites que foram designados como de ódio ou extremistas pela American Defamation League ou o Southern Poverty Law Center”, escreveu Lauren Kirchner (teria parentesco com o casal que afundou a Argentina no socialismo?), de acordo com ambas as organizações. Em seguida ela perguntou se as organizações tinham algum relacionamento com determinadas companhias.

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Robert Spencer, que dirige a Jihad Watch, postou no site do grupo a resposta que ele enviou à jornalista do ProPublica:

A intenção de suas perguntas, e sem dúvida do seu artigo em seguida, será tentar obrigar esses sites a interromper qualquer conexão conosco com base em nossa oposição ao terror jihadista. Você está confortável com o que está fazendo? Não só está inibindo a análise honesta da natureza e da magnitude da ameaça da jihad, mas está ajudando na tentativa de negar às pessoas uma plataforma baseada em suas opiniões políticas. Isso poderia voltar e mordê-la se suas próprias opiniões ficarem fora de moda. Você já viveu em um estado totalitário, onde os poderosos determinam os parâmetros do discurso público e eliminam toda a voz dos impotentes? Você realmente quer morar em um agora? Você pode descobrir, quando chegar lá, que não é tão maravilhoso como você pensou que seria.

Pamela Geller, que lidera a American Freedom Defense Initiative, postou em seu site a resposta dada ao ProPublica também:

Uma vez que você começa a desligar as pessoas com base na afirmação de que elas operam “grupos de ódio”, você faz o uso de tais plataformas dependentes de defenderem certas opiniões políticas. Cuidado, porque, ao fazê-lo, você estará estabelecendo um precedente perigoso: um dia, suas próprias opiniões podem estar fora de moda, e você será eliminado.

E como esperado, apenas algumas horas depois da troca de emails, a Jihad Watch e o AFDI relataram que suas suspeitas de que a repórter do ProPublica estava fazendo ativismo político disfarçado de jornalismo demonstraram ser bem fundamentadas. Spencer e Geller publicaram em seus respectivos sites o email que receberam do PayPal:

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Revisamos recentemente o seu uso dos serviços do PayPal, conforme refletido em nossos registros e em seu site https://www.jihadwatch.org. Devido à natureza de suas atividades, escolhemos descontinuar o atendimento ao cliente de acordo com o Contrato de Usuário do PayPal. Como resultado, colocamos uma limitação permanente em sua conta.

A organização de Geller recebeu o mesmo aviso. Os dois pediram aos seus apoiadores que ligassem e enviassem mensagens ao PayPal em resposta ao banimento. E parece que a empresa entendeu o recado. Em pouco tempo, as duas entidades receberam mensagens de que sua conta no PayPal havia sido reativada. Mas a mensagem continha também um alerta contra “mensagens de ódio ou intolerância racial”:

Se ficamos cientes de um site ou organização que usa nossos serviços que possam violar nossas políticas, nossa equipe dedicada de profissionais realiza uma revisão completa. Em última análise, uma decisão é tomada e comunicada à organização. Nessa instância, fizemos a determinação de levantar a limitação aplicada à sua conta associada à Política de Uso Aceitável.

Apesar de ter a conta reativada, Spencer decidiu interromper por conta própria o uso do serviço da PayPal.  “Não tenho a intenção de restaurar os botões do PayPal na Jihad Watch. Eu sei agora o que eles defendem, e não pretendo me colocar sob sua misericórdia novamente”, escreveu Spencer.

Ainda assim, ele considerou a reviravolta da PayPal uma “vitória”. “Pessoas livres ainda existem nos Estados Unidos, e os fascistas que se chamam de ‘anti-fascistas’ não vão vencer”, escreveu.

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Rodrigo Constantino