De acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, em 2017 foram requeridos 1.420 pedidos de recuperações judiciais, número 23,8% menor do que o apresentado em 2016, quando o resultado (1.863) foi o maior para o acumulado do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005).
Segundo os economistas da Serasa Experian, depois de ter atingido recorde histórico em 2016, refletindo o auge do processo recessivo iniciado em 2014, os pedidos de recuperação judicial recuaram em 2017 influenciados tanto pela retomada do crescimento econômico quanto da pela redução contínua das taxas de juros.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de 2017, com 860 pedidos, seguidas pelas médias (357) e pelas grandes empresas (203). Na análise mês a mês, o Indicador verificou aumento de 11,3% nos requerimentos de recuperação judicial em dezembro/2017 em relação a novembro/2017 (118 pedidos contra 106 no mês anterior). Na comparação entre dezembro/2017 e dezembro/2016, houve queda de 18,6%, de 118 para 145.
Na verificação mensal de dezembro, as Micro e Pequenas Empresas também ficaram na frente com 83 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 26, e as grandes com 9.
Em 2017 foram realizados 1.708 pedidos de falência em todo o país, queda de 7,8% em relação aos 1852 requerimentos efetuados em 2016, quando foi registrado o maior número dos últimos quatro anos (1.852 em 2016; 1.783 em 2015; 1.661 em 2014 e 1.758 em 2013). Dos 1.783 requerimentos de falência efetuados em 2017, 910 foram de micro e pequenas empresas, 392 de médias e 406 de grandes.
Ainda falta muito para a economia brasileira engatar numa trajetória sustentável de crescimento, mas ao menos a sangria foi estancada. E para tanto bastou retirar o PT do poder e realizar algumas mudanças. A conclusão é inapelável: se o PT ou algum genérico voltar ao poder, será a falência do Brasil de vez. Para a recuperação continuar, é preciso manter os aliados de Lula bem longe de Brasília, e uma agenda mínima de reformas liberais…
Rodrigo Constantino