Está difícil, o que digo?, está impossível agradar a todos hoje em dia. O mundo está politizado demais, polarizado demais, e sempre aparece uma patota organizada, politicamente correta, para reclamar que “alguma minoria” foi ofendida. A vida dos publicitários ficou complicada mesmo. Até porque remar contra essa maré vermelha exige muita coragem, já que a maioria é silenciosa e não vive para fazer barulho nas redes sociais (alguém precisa trabalhar, né?).
A Pepsico fez uma nova propaganda com a modelo Kendell Jenner, mas decidiu tirá-la do ar após somente um dia. É que a turma ativista do BlackLivesMatter entrou em campo e repudiou o comercial. Nele, a modelo participava de um protesto, mas se afasta para entregar uma latinha de Pepsi ao policial. Absurdo! Os “pacifistas” querem é ver sangue! Não querem saber de união, de amor, de conversa: precisam demonizar todos os policiais, esses racistas desalmados!
A empresa se justificou em seu site, alegando que tentava transmitir uma mensagem de união global, de paz e compreensão, com diferentes grupos buscando uma linguagem comum (a do refrigerante). “Claramente erramos o alvo e pedimos desculpas”, diz o comunicado. A Pepsi pediu desculpas por colocar a modelo nessa situação delicada também. A reação na internet ridicularizou a propaganda.
Isso foi depois que a pressão se tornou insuportável, pois antes a empresa defendeu o comercial mesmo que fosse “desconfortável” para alguns, por ter uma mensagem necessária. “Esse é um comercial global que reflete pessoas de diferentes estilos se aproximando num espírito de harmonia, e acreditamos se tratar de uma mensagem importante”, dizia a empresa. Mas quem aguenta a patrulha organizada nos dias de hoje, com as redes sociais em campanha negativa o tempo todo?
Rodrigo Constantino
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