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Perguntas sobre suspeitas que pairam em nova fase da Lava-Jato
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Deu na coluna Radar da Veja: Rodrigo Janot bem que tentou fazer buscas e apreensões na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros, mas o pedido não foi deferido pelo ministro Teori Zavascki. Por quê? Renan parece blindado nessa operação toda, e por “coincidência” tem sido um pilar de apoio ao governo Dilma no PMDB, ao contrário de Eduardo Cunha, alvo principal da nova fase da Lava-Jato.

Também da coluna Radar: Teori Zavascki não comunicou os ministros da Segunda Turma sobre o pedido de busca e apreensão nas casas de Eduardo Cunha e outros peemedebistas que foram alvo de ações da Polícia Federal nesta terça-feira.

Apesar da complexidade da operação e da grande quantidade de alvos, Teori só assinou a decisão na segunda-feira.

Ele só avisou o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, por volta de meia-noite.

Não seria o caso de consultar seus pares para decisão tão importante? Por que agir de forma isolada?

Da Época: À 0h50 da terça-feira, um avião da Força Aérea Brasileira decolou rumo a Curitiba. A bordo estavam o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os delegados da Polícia Federal Leandro Daielloe Maurício Valeixo, respectivamente diretor-geral e diretor de Combate ao Crime Organizado da corporação, um assessor do ministro e um policial. Naquela madrugada, já na capital paranaense, esse grupo se encontrou com Rosalvo Branco, superintendente da PF em Curitiba e chefe dos delegados da Lava Jato, e com o agente Newton Ishii, que se consagrou ao ser citado na gravação do filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró como o “japonês bonzinho” suspeito de vazar dados da Lava Jato. O encontro na penumbra ficou fora da agenda oficial do ministro.

[…]

Na quinta-feira, o governo montou uma operação para esconder a ida de Cardozo e da cúpula da PF ao Paraná e o encontro com os policiais paranaenses na madrugada. Assessores divulgaram que o grupo desembarcara em Curitiba na manhã de terça-feira – e não na madrugada, como mostra o registro de voos da Força Aérea.

O que o ministro Cardozo foi fazer em Curitiba às escondidas? E por que tentar esconder a hora da ida? O que o ministro foi fazer de tão misterioso no epicentro da Lava-Jato?

Enfim, não precisamos de Sidney Sheldon ou Agatha Christie, nem mesmo de Mario Puzo. A realidade brasileira suplanta a ficção. A máfia está aqui. O “House of Cards” da Netflix parece brincadeira de criança perto da política nacional dominada pelo PT há 13 anos. Mas ai de quem falar disso tudo como se houvesse algo muito estranho nos bastidores: será um adepto de teorias conspiratórias, um paranóico!

PS: E olha que nem precisei citar o assassinato de Celso Daniel…

Rodrigo Constantino

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