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Peter Schiff prevê uma crise ainda pior do que a de 2008, que ele antecipou

O economista e consultor financeiro Peter Schiff, que ganhou notoriedade ao ter antecipado a crise de 2008, mesmo sendo ridicularizado por muitos durante seus alertas, prevê uma crise em breve maior do que aquela, que assustou o mundo todo. Segundo ele, a economia americana hoje está numa situação pior, justamente porque o Fed, o banco central americano, vem tentando consertá-la com uma política equivocada de “quantitative easing”.

Schiff acredita que é fundamental o país voltar a uma política de solidez monetária, citando o ouro como exemplo. Quando a taxa de juros estava em 1%, isso ajudou a criar a bolha imobiliária que estourou em 2008. Após mais de 7 anos de taxa de juros zero, o economista acha que o estrago será ainda maior. É pelo fato de o Fed se recusar a “desinflar” a bolha que Schiff antecipa uma grave crise com o dólar. Vejam:

Hillary Clinton também é duramente atacada pela questão dos emails secretos. Schiff alega que ela não tem condições de governar o país, pois não é uma questão de incompetência, mas de mentira deliberada. Entre Hillary e Trump, Schiff prefere o último, apesar de reconhecer que Gary Johnson seria uma escolha mais alinhada ao seu libertarianismo.

Clinton certamente seria uma péssima presidente, mas Trump é uma incógnita. Schiff acha que nem ele sabe se acredita no que diz, que é apenas política, mas que pode, na prática, acabar sendo um bom presidente. O caminho para tanto é simples: reduzir o estado, os gastos públicos, e retornar a uma política monetária saudável, sólida.

A alternativa que os americanos têm como nação é voltar ao capitalismo de governo limitado, ou insistir nesse “caminho da servidão”, expressão que dá título ao livro mais popular de Hayek. Os eleitores estariam cansados das mentiras dos políticos, que repetem a falácia de que tudo vai bem na economia.

Em meu curso “Bases da Economia”, dedico nada menos do que 3 aulas ao tema moeda, crédito, bancos, padrão-ouro e ciclos monetários. É a grande contribuição da Escola Austríaca, que Schiff segue e eu também, o que me ajudou a antecipar a nossa crise brasileira ainda em 2010, enquanto todos celebravam a fase artificial de bonança.

Quem não entende o funcionamento da economia e os ciclos produzidos pelas políticas do banco central, acaba confundindo bolhas geradas pela expansão monetária com robustez econômica e fica otimista quando deveria estar mais cauteloso. É bom escutar os alertas de Peter Schiff dessa vez. Melhor não tentar simplesmente ridicularizar o homem…

Rodrigo Constantino

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