A Petrobras fechou 2015 com prejuízo de R$ 34,836 bilhões, com forte impacto dos efeitos da queda do preço do petróleo em suas operações. O resultado reflete a baixa de R$ 49,748 bilhões no valor dos ativos da empresa decorrente da nova realidade de preços e do aumento do risco-Brasil, em função da perda do grau de investimento.
O resultado representa um aumento de 61% com relação ao prejuízo de R$ 21,587 bilhões de 2014. Naquele trimestre, a empresa promoveu baixas contábeis por prejuízos causados pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
No quarto trimestre, a Petrobras teve prejuízo de R$ 36,938 bilhões. No mesmo período do ano anterior, a perda foi de R$ 26,600 bilhões. É neste trimestre que se concentram as baixas de ativos feitas pela empresa nos dois anos.
O preço médio do petróleo caiu de US$ 98,99 em 2014 para US$ 52,46 em 2015, o que levou a companhia a rever o valor de seus ativos. A baixa de ativos se concentrou em projetos de exploração e produção de petróleo, que responderam por R$ 33,7 bilhões do total de perdas. Apenas a revisão do projeto Papa-Terra, na Bacia de Campos, representou baixa de R$ 8,7 bilhões. Isso significa que a Petrobras espera, hoje, ter menos receita futura com os projetos.
A queda do preço do petróleo explica uma parte sim, sem dúvida, mas nem de perto tudo. A Petrobras vem sendo destruída pela quadrilha petista há anos. Dilapidada, surrupiada, usada como instrumento político e de corrupção, para projetos sem sentido. A estatal virou a vaca leiteira do PT e do Foro de São Paulo, irrigando o caixa da revolução comunista dos bolivarianos e enriquecendo muito petralha pelo caminho.
Artistas engajados adoram a Petrobras estatal. Políticos corruptos adoram a estatal. Funcionários incompetentes adoram a estatal. Fornecedores incapazes que pagam propinas para obter negócios amam a estatal. Todos os que se deram bem com o petrolão defendem com unhas e dentes a estatal. Enfim, a lista de fãs é enorme. Quem perde com essa situação? O consumidor e o pagador de impostos, claro. Todos os otários que bancam a farra das estatais.
Será que a Petrobras estatal ainda é motivo de “orgulho nacional”? Ou será que vai finalmente cair a ficha dos estatistas e a privatização da empresa passará a ser defendida agora?
Rodrigo Constantino