Os mineiros tiveram motivos de sobra para sentir muita vergonha na semana passada. Vergonha por seu representante, pelo governador petista, aquele com “pinta” de tucano, e com essência de revolucionário comunista. Fernando Pimentel resolveu prestar uma homenagem a Marielle Franco, a vereadora carioca do PSOL que foi assassinada, e o evento teve direito a uma bandeira do criminoso MST, com gritos de guerra:
Punhos cerrados, o mesmo símbolo que aquele petista André Vargas usou para desafiar a Justiça, que José Dirceu sempre usou para desafiar a democracia, todos inspirados nos comunistas que espalharam um rastro de miséria e sangue por onde passaram. O símbolo da luta vermelha, aquela que atropela as leis em nome da “igualdade”, mas que no fundo defende bandidos e marginais de todo tipo.
Pimentel fez esse show patético durante a entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto. Uma homenagem sem igual no estado. Mas pergunto ao leitor: você se lembra de Heley de Abreu? Não? Nunca viu a esquerda, que canonizou Marielle e faz uma campanha milionária para enaltecer a “sua luta” (i.e., o socialismo), proferindo uma só palavra elogiosa a Heley? Vamos refrescar sua memória então.
Em 5 de outubro de 2017, a creche Gente Inocente pegou fogo, uma tragédia que chocou o país. Lá estava a pedagoga Heley de Abreu Silva Batista. Ela morreu após tirar crianças do local em chamas, e ainda lutar com o vigilante Damião Soares dos Santos, aquele que ateou fogo no lugar. Ela foi para um sacrifício fatal, sabendo que poderia morrer, para impedir que o assassino matasse mais crianças inocentes.
Heley tinha 43 anos, deixou três filhos, sendo um bebê de apenas um aninho. Mas ela não é uma heroína pela ótica distorcida da esquerda. Ela não mereceu a medalha de honra do governador de Minas Gerais. Ela não foi tema de inúmeras reportagens, não foi citada em show de Chico ou Caetano, não foi mencionada pelo Twitter de George Soros, não teve direito a painel de lembrança no programa do Pedro Bial, aquele que só perde audiência à medida que caminha para a esquerda.
Quem são seus heróis? Essa pergunta é fundamental, pois sua resposta diz muito sobre quem somos. Todo brasileiro decente deveria olhar para alguém como Heley com profunda admiração e respeito. Ela tinha que ser tema de filmes, livros, homenagens variadas. Foi seu ato de coragem, de sacrifício máximo, que salvou a vida de várias crianças.
Mas ela não é admirada pela esquerda. A esquerda admira só socialistas. Ninguém está dizendo que a morte de Marielle Franco não deva ser motivo de revolta, indignação. Mas a campanha promovida pela esquerda ultrapassou qualquer limite de decência, e os abutres sambaram no corpo da vereadora para avançar com sua pauta ideológica. Ela virou mártir da luta socialista em si, e todos esqueceram que seu partido defende oficialmente a ditadura venezuelana.
Marielle não merecia o destino que teve e seus assassinos devem pagar pelo crime. Mas isso não faz dela uma heroína, uma santa, cuja luta política deva ser vangloriada. Ao contrário: ela estava do lado errado da história, defendendo um partido nefasto, que se orgulha de ditadores e trata marginais como “vítimas da sociedade”. Já Heley foi uma heroína de verdade. Mas acabou totalmente esquecida pela esquerda…
PS: A canonização de Marielle Franco e a extrema politização de sua morte foi tema de um podcast Ideias nosso na Gazeta:
Rodrigo Constantino
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