No podcast Ideias dessa semana debatemos a laicidade do estado com base na recente medida do STF, apertada, de manter o que está escrito na Constituição e permitir o ensino religioso em escola pública. Amigos meus liberais, mais radicais, acham que isso é absurdo, mas divergem sobre a decisão, pois uns acreditam que a Constituição deve ser alterada primeiro, para se evitar o ativismo judicial do Supremo.
Mas eles concordam que não deve haver mistura alguma entre estado e religião. O risco, porém, é confundir laicidade com anticristianismo e rejeitar todas as fundamentais tradições de nossa civilização. Alguns querem abolir todos os feriados religiosos, por exemplo, o que eliminaria até o Natal. É um jacobinismo extremista que certamente seria um fracasso do ponto de vista político.
Como Borges diz no podcast, vamos então retirar o português como língua oficial da nação, para não “ofender” o finlandês! Por que o preconceito contra o japonês? O fato inegável é que nossa raiz é cristã. O estado pode e deve ser laico, mas o povo não. E é preciso muito cuidado para não confundir as coisas e não fazer o jogo dos revolucionários de esquerda. Escutem:
Rodrigo Constantino
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