Chernobyl, da HBO, é um sucesso. A série de apenas cinco episódios conta os bastidores daqueles dias dramáticos, há 33 anos, quando a Europa esteve perto de viver uma tragédia nuclear capaz de matar milhões e tornar grandes áreas do Velho Continente inabitáveis. A série é também a mais bem avaliada da história do site IMDB, deixando para trás clássicos absolutos como Os Sopranos e The West Wing.
Há vários aspectos que chamam a atenção em Chernobyl e que talvez expliquem seu sucesso. Primeiro, certa liberdade poética que exacerba a dramaticidade da tragédia – para o deleite do espectador. Na série tudo é muito grave, tudo acontece em câmera lenta, tudo dá a impressão de ser decisivo para o futuro da União Soviética, da Europa, do mundo.
Além disso, a série conta com uma impressionante direção de arte que nos transporta para aqueles anos estranhamente fascinantes de ocaso do Império Soviético. E, como não poderia deixar de ser, há as muitas associações possíveis entre aquele evento histórico e o cenário atual: a arrogância científica, a pequenez do indivíduo diante de um Estado autoritário e ineficaz, as questões geopolíticas que se sobre põem ao cotidiano, a burocracia, a corrupção, a ineficácia e a mentira como método.
Eu e Guilherme Fiuza, colunistas da Gazeta do Povo, bem como nosso especialista em séries, Dionisius Amendola, falamos dos aspectos estéticos da série e das implicações históricas e políticas da catástrofe nuclear que quase destruiu a Europa e ajudou a acabar com o Império Soviético.
Rodrigo Constantino
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