As comédias do cinema brasileiro são um inegável sucesso de público. As franquias ‘De Pernas pro Ar’ e ‘O Candidato Honesto’, por exemplo, levaram milhões de espectadores ao cinema para rir de situações tipicamente brasileiras. Mas, apesar as bilheterias de sucesso, esses filmes ainda causam calafrios na crítica especializada — nem tanto pela falta de graça, o que seria um pecado mortal para qualquer comédia, e mais pela falta de, digamos, consciência de classe nos roteiros.
Por outro lado, o Brasil produz algumas comédias involuntárias que são fracassos de público, mas sucesso de crítica. Quem não se lembra da Olga Benário gritando aos quatro ventos que estava grávida de Luis Carlos Prestes — enfatizando cada um dos nomes do líder comunista? Ou ainda do Mariguella intencionalmente interpretado por um ator afro-brasileiro, só para agradar às políticas identitárias?
Por que o cinema popular brasileiro se transformou num campo de batalha ideológica? Como é fazer comédia em tempos politicamente corretos?
Para responder a essas e outras questões, convidamos o roteirista Paulo Cursino, autor de alguns dos maiores sucessos de bilheteria e de audiência na TV, como ‘Até que a Sorte nos Separe’ e ‘Os Farofeiros’. Eu e Guilherme Fiuza conversamos com ele sobre o assunto:
Rodrigo Constantino
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS