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Polícia acaba com farra de invasores juvenis

Fonte: GLOBO (Foto: )

A chamada na VEJA é mais fiel aos fatos: “PM cumpre reintegração de posse no Centro Paula Souza”. Já o GLOBO insiste num processo de desinformação esquerdista, com a seguinte chamada: “PM invade escola ocupada e retira estudantes em SP: alguns estudantes foram arrastados; manifestantes saem em protesto”. Eis a notícia, com o claro viés ideológico:

A Polícia Militar de São Paulo realizou, na manhã desta sexta-feira, a reintegração de posse do Centro Paulo Souza (CPS), ocupado desde o último dia 28 de abril por estudantes. Cerca de 30 alunos, que reivindicavam melhorias na merenda escolar e protestavam contra a “máfia da merenda”, foram retirados do local. Alguns deles foram arrastados por policiais, mas não houve aparentemente disparos de armas e nem bombas. Os alunos saíram criticando a polícia. Seguiram em passeata pela Avenida Tiradentes, no centro de São Paulo, em protesto contra a reintegração.

A situação está tensa em frente à Faculdade de Tecnologia de São Paula, escola técnica também ocupada. Cerca de 100 manifestantes, grupo formado por alunos que saíram da Paula Souza e dezenas de estudantes que se juntaram ao protesto, tentam entrar. A Avenida Tiradentes, no sentido Centro, está interditada, porque há alunos sentados na pista.

– Às 6h chegou oficial de justiça falando que a gente tinha que sair em meia hora e dissemos que íamos resistir pacificamente. Até deixamos o portão aberto, mas a polícia saiu entrando e empurrando todo mundo. Bateram nas meninas e em quem viam pela frente, mas ninguém se feriu gravemente – relatou um estudante secundarista, que se identificou como Chico.

Ora bolas! Não são apenas alunos, manifestantes: são invasores, e a PM está cumprindo ordem judicial. Ou seja, o jornal ajuda a criar uma narrativa em que coloca a PM como “fascista” que, do nada, resolve bater em pobres “estudantes”, vítimas da truculência policial. Tadinhos! Queriam apenas fazer um “protesto” por mais “justiça”. E muitos leigos desavisados acreditam nisso, ao som da música de Chico Buarque e sua trupe, enaltecendo os “estudantes revolucionários”.

Desde a década de 1960 que os “intelectuais” depositam na “juventude” uma esperança divina, não porque um dia terão maturidade e a chance de fazer melhor do que seus pais, e sim porque a própria juventude seria a depositária de uma sabedoria ímpar. É uma espécie de covardia “empoderar” jovens idealistas dessa maneira. Seria melhor se esses “intelectuais” fossem tratar de sua “crise da meia idade” num bom divã (o problema é que muitos estão ocupados justamente por esses “intelectuais”).

Francisco Razzo já tem uma visão bem diferente do papel do jovem na sociedade, na mesma linha minha em Esquerda Caviar (onde dediquei um capítulo inteiro ao tema da juventude) e de Luiz Felipe Pondé, além de, antes de todos nós, Nelson Rodrigues. O jovem deve, antes de tudo, crescer! E não é enfrentando policial para “salvar o mundo” que ele fará isso. Escreveu Razzo em sua página do Facebook:

O único espaço legítimo que um adolescente deveria “ocupar” é a mesa de uma biblioteca, sentar a bunda, abrir um livro, calar a boca e estudar a até virar gente grande.

Quando conseguir arrumar o próprio quarto, souber resolver regra de três, arcar com as prestações do iPhone parcelado em 24x sem juros que hoje é pago pelo pai que rala o dia inteiro para realizar os mimos do filho “rebelde”, aí, quem sabe, ele pode começar a pensar em “ocupar” espaços públicos para o embate político.

O único direito que um adolescente deveria ter é o dever de aprender a cumprir, primeiro, com suas responsabilidades.

Mas vivemos na era dos “direitos”, na “marcha dos oprimidos”, na “revolução das vítimas”, e o jovem aprende desde cedo a chorar muito, para mamar depois. Ele vai “curar a Humanidade”, tudo isso antes mesmo de lavar a roupa ou arrumar o quarto. É a geração “mimimi”, alimentada pelos “intelectuais” entediados e por “jornalistas” de esquerda. Alimentam monstrinhos que se julgam os salvadores do mundo, seres “engajados” que trocam os bons livros por camisas do Che Guevara e um megafone.

A “repressão” policial serve de bônus no currículo desses revolucionários mirins. Sinal de sucesso na rebeldia. Não toleram os limites do papai (que muitas vezes não os colocam), e também não aceitam os limites da lei. Por isso o “protesto” vira ato autoritário e ilegal de “ocupação” (invasão), prejudicando outros alunos que querem realmente estudar e aprender. E quando a polícia vem colocar ordem na bagunça, seguindo decisão judicial, aparecem os “jornalistas” para pintar o quadro de vítima dos invasores e de algozes dos agentes da lei. Assim não dá!

Rodrigo Constantino 

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