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Policial morre sem ter como reagir pois registro da arma não estava pronto

É realmente de lascar! Vidas inocentes são perdidas tanto pela mentalidade desarmamentista quanto pela burocracia e descaso das autoridades. Esse caso de um policial que foi morto sem ter como reagir, pois estava em sua arma uma vez que o registro não tinha ficado pronto, mostra o absurdo da situação em que chegamos. Eis a notícia:

A falta de papel para a emissão do certificado de registro de arma de fogo teria contribuído para a morte do policial militar Evaldo César Silva de Moraes Filho, segundo a mãe do PM afirmou na tarde desta segunda (9), durante o enterro do filho. “Por causa de um pedaço de papel para o meu filho usar uma arma, que ele suou para comprar. Um papel que não tem no Estado. Um papel. Mas eles têm avião, navio, ouro”, lamentou a mãe do policial durante o enterro no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Norte do Rio.

De acordo com ela, ele só estava desarmado porque ainda não tinha o registro de arma de fogo, que é um documento necessário para que os policiais usem armas particulares que não sejam da corporação. O secretário de Segurança Pública do Estado do RJ, José Mariano Beltrame, admitiu que o policial estava desarmado porque está faltando papel para o certificado de registro de arma de fogo, chamado de Craf.

“Só que a questão do Craf tem um detalhe: a falta de papel, ela existe, é que não é um papel comum, é um papel selo, é um papel tipo papel de passaporte, ele é todo estilizado, com marca d´água. Mas isso está licitado, está comprado e está pago, não é uma questão de falta de movimentação da Polícia Militar. Pelo menos essa foi a resposta que eu tive do comandante geral da PM, já sabendo dessa demanda”, afirmou o secretário Beltrame.

[…]

“Se isso continuar, essas barbaridades vão continuar acontecendo, principalmente a traição, como está acontecendo nesse lugar. O policial hoje no Rio de Janeiro não morre mais em confronto, o que acontece aqui é tocaia, é covardia. E isto tem que ser considerado não pelo secretário, mas por todas as pessoas que são responsáveis, direta ou indiretamente, pela vida dos cidadãos e dos policias”, afirmou o secretário. Evaldo estava chegando para trabalhar na UPP do Alemão na noite de domingo (8), quando foi atacado por criminosos.

Mas se há mais covardia e tocaias, como exatamente o policial vai se defender sem sua arma, secretário? Não vamos esquecer que há um monte de gente que defende que mesmo policiais sejam desarmados, aquela turma toda da esquerda “abnegada”, que sempre lembra dos “direitos humanos” quando bandido morre, nunca quando policial morre. Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, desabafou em sua página do Facebook:

Sabe o Estatuto do Desarmamento? Sabe quem segue a lei? Só o cidadão honesto, o trabalhador, o policial… Até quando o RJ vai engolir o Beltrame que “faz” segurança pública pautada na sociologia esquerdista da década de 70????

O PM morto estava desarmado porque polícia não emitiu registro de arma. Mãe afirmou que morte de policial aconteceu por ele estar desarmado. Secretário do RJ diz que Craf não foi emitido por causa da falta de papel.

E fica por isso mesmo. É tudo tão surreal que só num país em que as pessoas já se acostumaram com o absurdo isso fica assim, como apenas mais uma notícia do cotidiano carioca. Policial morto sem arma para se defender por falta de papel burocrático, enquanto bandidos usam armamento pesado, e ilegal. Não é um escárnio?

Rodrigo Constantino

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