Deu na VEJA:
Um político opositor foi assassinado na noite desta quarta-feira na Venezuela durante um comício no interior do país, segundo a imprensa local. Luis Manuel Díaz, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD), levou um tiro disparado de um carro por volta das 19h30 do horário local (22h de Brasília) em Altagracia de Orituco.
No comício para a eleição parlamentar de 6 de dezembro, que vai eleger 167 deputados, também estava Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, opositor condenado a 14 anos de prisão acusado de estimular violência durante as manifestações contra o governo.
Membros do Ação Democrática atribuem o ataque a grupos armados ligados ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do governo chavista. Segundo eles, esse tipo de agressão contra militantes e candidatos da oposição vem crescendo.
No último domingo, o candidato opositor Miguel Pizarro denunciou que um grupo de encapuzados que, segundo ele, vestiam uma indumentária com referências ao chavismo, atiraram para o alto para impedir a passagem de um grupo de opositores que fazia campanha eleitoral em um setor popular no leste de Caracas.
O chavismo, ou socialismo do século XXI, ou comunismo, ou bolivarianismo, qualquer termo desses não passa de um pretexto ideológico para a tomada de poder por brutos, bárbaros e bandidos. O discurso igualitário serve para concentrar poder e recursos. O discurso nacionalista serve para criar bodes expiatórios e manter a corrupção blindada.
Como os fins “nobres” justificam os meios mais torpes, o socialismo revolucionário atrai sempre os mais imorais, os mais indecentes, os mais violentos de todos os seres, pois encontram na ideologia uma válvula de escape para seus instintos sociopatas. Tráfico de drogas, sequestros, pilhagem, tudo encontra uma justificativa na ideologia da esquerda radical.
Quadrilhas disfarçadas de partidos políticos tomaram de assalto o governo de vários países latino-americanos, tudo orquestrado lá atrás, quando fundaram o Foro de São Paulo inspirados no bandido-mor, Fidel Castro. A linguagem desses bárbaros é a violência, e ela emerge sempre que necessário, quando a máscara “democrata” não serve mais.
É o que estamos vendo hoje na Venezuela. Maduro é um bandido comum, um sujeito medíocre que, em condições normais, seria apenas um batedor de carteira ou algo do tipo. Mas chegou ao poder, junto com outros bandidos como ele, liderados por Hugo Chávez. O governo venezuelano se transformou, então, num antro de criminosos. O sonho de Pablo Escobar se concretizou não na Colômbia, mas na Venezuela.
E agora, em pânico, com medo de perder todo esse poder e o que ele representa em termos de recursos desviados, a quadrilha parte para o ataque. Sem máscaras ideológicas. Apenas usando as máscaras comuns, dos bandidos mesmo. É o socialismo do século XXI mostrando sua verdadeira cara. Só dá marginal!
Rodrigo Constantino