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A politização de “Aquarius” é estratégia de marketing com cores fascistas

A esquerda politiza tudo. Eis sua marca registrada: até o sexo passa a ser política. Tudo é política! Quem dizia mesmo “tudo no estado, pelo estado, nada fora do estado”? Pois é. A esquerda quer asfixiar até o último respiro de independência individual, da esfera do privado. Qualquer opinião, qualquer preferência, qualquer coisa deve passar pelo filtro da política, da ideologia. E um ótimo exemplo recente disso está no filme “Aquarius”.

Esse foi o tema da coluna de Carlos Andreazza hoje no GLOBO. O editor da Record mostrou como partiu do próprio diretor Kleber Mendonça Filho a ideia de politizar seu filme, de transformá-lo em bandeira política e partidária, quando sua equipe, com cartazes em punho em Cannes, associou a obra diretamente ao “Fora, Temer”. Andreazza resume:

Ali, o cineasta fez uma opção. Não para si, mas para seu filme. Ali, para além do que vai na tela, ele apresentou também o roteiro de como “Aquarius” deveria ser projetado por seus divulgadores e percebido pelo público. Ali, definiu o tom, a realidade — a narrativa, esta maldita — à qual submeteria sua arte e com a qual operaria a mais oportunista campanha de marketing da história do cinema nacional.

Desde então, não havia mais espaço para a simples preferência subjetiva, para o julgamento independente. Se você não gostou do filme, você é um “golpista”. Aquilo que pertencia à esfera privada virou uma espécie de atestado de “correção” política: só quem apreciou e aplaudiu o filme é um legítimo “democrata”, daqueles que defendem o PT, o regime venezuelano e a fantástica “democracia” cubana. Andreazza conclui:

Já não é aceitável considerar “Aquarius” uma obra comum, mediana ou mesmo correta, boa, legalzinha, sem que sobre essa modesta impressão individual recaia o juízo de que fruto de um olhar ideológico. (Só Kleber Mendonça Filho e o pessoal do Edifício Solaris — ops!, perdão, Aquarius — podem manipular a política e a ideologia.) Assim, o filme já não tem críticos, mas inimigos. Já não tem admiradores, mas militantes. Diga, com base nos números, que não é um sucesso de público — e leve um “Fora, Temer!” na cara. Não amar “Aquarius” é de repente se ver posicionado na luta de classes — contra o povo oprimido. Não amar “Aquarius” é discurso de ódio. Bolsonaro!

Onde estamos?

Próximos ao momento em que não será mais possível contrariar um petista (os interesses de um petista) sem ser chamado de canalha, de golpista. E isso tem nome: fascismo.

Exato. Aliás, lembrei quem dizia aquela frase do começo, de que tudo deve passar pelo estado, pela esfera política: era Mussolini. O mesmo que foi socialista na juventude. Sim, o líder dos fascistas. Quem quer politizar tudo hoje em dia é a esquerda radical, o PT, o PSOL, o PCdoB e a Rede. São os mesmos que adoram rotular todo aquele que diverge de sua receita socialista de “fascista”. Não é irônico que a postura fascista venha justamente dessa turma?

Rodrigo Constantino

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