![Por que a mentalidade do brasileiro atrapalha o desenvolvimento do país](https://media.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/2015/11/estadio-a4539012.jpeg)
Por Jair Barbosa, publicado no Instituto Liberal
Propus-me a escrever, para este blog que acompanho com afinco, sobre a questão do índio no Brasil e suas intervenções nas grandes obras que estão por vir, tão necessárias ao desenvolvimento do país.
Analisando e comparando as linhas iniciais do meu arrazoado com outros brilhantes textos anteriores do blog, cheguei à conclusão de que a forma míope como o governo brasileiro enxerga a questão do licenciamento ambiental, e as formas como enxerga tantas outras questões atuais relevantes para o país, possuem um denominador comum, qual seja, a mediocridade e falta de poder de reflexão preponderantes no senso comum da mente do brasileiro.
Para permitir a melhor visualização do tema em debate, vamos traçar um paralelo entre a realidade americana e a brasileira, tomando como exemplo a escolha do Brasil como país sede da Copa do Mundo.
O sentimento preponderante no país foi: ‘como um país pode aplicar dinheiro em estádios de futebol ao invés de destinar verbas às questões de maior prioridade como saúde e educação?’
Aproprio-me do exemplo americano para provar a pequenez do pensamento brasileiro. Lá há estádios de futebol americano, basebol, quadras de basquete, hóquei, e ao mesmo tempo hospitais modernos, as melhores faculdades, grandes centros de pesquisa, o exército com equipamento mais moderno do mundo etc.
Os franceses possuem grandes centros de estudos, universidades e estádios de futebol igualmente belos.
Este sentimento de que a construção de estádios de futebol tira o foco do país de outras questões mais significativas é algo típico da mente limitada, pois como admitir a validade deste pensamento se EUA, Alemanha, França, Holanda, Espanha, Itália e tantos outros provam justamente o contrário.
O cerne da questão deveria ser o fato de que o dinheiro para a construção dos estádios só saiu do banco de fomento (BNDES) porque nossa legislação, sistemas empresariais e financeiros são burocráticos e contraproducentes, o que praticamente atrasa, quando não inviabiliza, outras formas de financiamento a baixo custo; além de que uma parte significativa do valor investido retornou aos cofres públicos sob a forma de tributos, e que o binômio mão-de-obra/produtividade no Brasil tem sua parcela de culpa para os custos exorbitantes da construção em geral.
Feche os olhos e imagine, por um instante, uma praça da Sé tipo Times Square, toda iluminada, um país com todas as hidrelétricas (pequenas e grandes), nucleares, eólicas, soluções de redução de consumo, fim do famoso gato, tudo isso funcionando no país, estaríamos pagando bandeira tarifária vermelha? O governo ia precisar subsidiar a conta de energia para as pessoas carentes?
Imagine todos os campos de petróleo do país sendo explorados por multinacionais internacionais pagando impostos, gerando divisas para o país, e o melhor, nós pagarmos menos do que R$ 3,60 em um litro de gasolina que contém 25% de álcool. Se o petróleo é meu quero vender meus 1/200 milhões de avos para uma multinacional.
Imagine novas estradas duplicadas, com seus pedágios, postos de conveniência e combustíveis a cada trinta kilometros, sem buracos, mais seguras, com monitoramento e serviço de guincho; imagine uma nova malha ferroviária, mais rápida e moderna; o quanto isso refletiria na diminuição do preço que pagamos no supermercado.
Aeroportos funcionais, modernos, com inserção no interior do país, todas as cidades com sistema de coleta seletiva de lixo e esgoto tratado.
A diferença entre nós e os Yankees é que lá, quando alguém quer fazer algo, o governo pergunta “do que você precisa?”
No Brasil, quando um empresário quer fazer algo o governo e a sociedade se perguntam: como posso fazer para não dar certo? Fazendo matérias jornalísticas apenas criticando, criando entraves e obrigando o empresário a pedir benção ao fiscal, vereador, prefeito, governador e presidente, obrigando à licenças ambientais que são concedidas, negadas ou engavetadas ao gosto e disponibilidade de secretarias estaduais e órgãos federais, sujeitando a inúmeras restrições classistas de agências reguladoras e a um sistema financeiro fechado, além de inúmeros inquéritos civis que começam antes mesmo do empreendimento sair do rascunho.
E no final das contas vemos que sustentamos um sistema onde muitos querem sentar numa cadeira de colégio, não para adquirir conhecimento, mas aprender a responder testes para passar num concurso público, não por vocação, mas por medo de empreender num país onde o empreendedor é visto como alguém sujo e explorador dos menos favorecidos.
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