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Leio na Exame essa notícia:

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Operadoras brasileiras estão planejando um ataque ao Netflix. A informação foi publicada pelo colunista Ricardo Feltrin, do UOL.

De acordo com ele, as empresas estão trabalhando com representantes em contato com o governo para trazer mudanças que sejam maléficas ao serviço de streaming. O alarme teria soado após a perda de um milhão de assinantes de TV a cabo desde 2014.

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Para as operadoras, uma das principais causas dessa queda é o Netflix. Segundo o colunista, as empresas trabalharão em quatro pontos.

O primeiro é exigir o pagamento de uma taxa à Ancine, a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional). O valor seria de três mil reais por título disponível online.

O segundo ponto seria exigir a presença de, ao menos, 20% de conteúdo nacional—norma à qual as operadoras de TV a cabo estão sujeitas.

Em terceiro, elas defendem que os Estados cobrem ICMS dos clientes pelas assinaturas.

O último ponto é cobrar, de alguma forma, pelo tráfego de vídeo online—elas justificam que o streaming de vídeo consome muita banda, por ser um conteúdo pesado.

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A última ideia, diga-se de passagem, vai contra o princípio da neutralidade da rede, que faz parte do Marco Civil da Internet, aprovado em abril de 2014.

Assumindo que o jornalista tem a informação correta, cabe perguntar: por que a Netflix incomoda tanto? A resposta óbvia é que ela tem crescido muito em cima das empresas de canal a cabo, que perderam centenas de milhares de assinantes recentemente. Mas minha pergunta é justamente anterior a esse resultado: por que a Netflix atrai tanta gente, enquanto esses canais perdem clientes?

Como resumiu meu amigo Alexandre Borges:

– Netflix: House of Cards, Downton Abbey, Breaking Bad, Narcos e um milhão de documentários e filmes por R$ 19,90/mês.

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