Por João Luiz Mauad, para o Instituto Liberal
Mal teve o registro homologado pelo TSE, o Partido Novo já está incomodando muita gente. Depois das esperadas críticas nos canais mais radicalmente à esquerda, o Novo começa a incomodar a politicagem mais ao centro – para ser mais exato: PSDB e DEM. Reparem, por exemplo, nessa notinha publicada pela coluna Radar, de Veja.com (não confundir com Lauro Jardim, que não é mais o responsável pela coluna, e deverá estrear no Globo, em outubro):
Depois de ter seu registro aprovado pelo TSE no dia 15, o Partido Novo — que defende um Estado menor e mais eficiente — fez ontem um jantar no restaurante Cantaloup (a 240 reais por cabeça), em São Paulo.
Presentes, cerca de 60 pessoas, boa parte delas advogados, médicos e gente do mercado financeiro. Mais de um terço se ofereceu como voluntário.
O Novo, que começou a aceitar filiados há apenas uma semana, já tem pelo menos 900 mil simpatizantes — o número de pessoas que já curtiram sua página no Facebook.
Apesar disso, o partido ainda é um fenômeno na classe média alta, gente que se sente deserdada pelo PSDB e pelo DEM, tidos como ‘não suficientemente liberais’.
Seu desafio daqui por diante será levar sua mensagem para a maior parte da população.
Convenhamos, aquela menção ao preço do restaurante, principalmente num veículo pouco dado a esse tipo de bobagem, como Veja, era absolutamente desnecessária. Só apareceu ali, evidentemente, porque tem mais gente, além da petralhada e dos Psols da vida, interessada em colar no Novo a pecha de “partido da elite”.
E não é para menos. PSDB e DEM serão os maiores perdedores em caso de eventual sucesso do Partido Novo, pois perderão não apenas eleitores, mas também filiados. Não serão poucos os órfãos que militavam e votavam naqueles dois partidos – pela mais absoluta falta de opção, diga-se de passagem – que migrarão para o Novo.
Portanto, fiquem atentos, senhores dirigentes do Partido Novo, pois vem chumbo grosso por aí, e de todas as direções. Muita cautela e sabedoria nessa hora!
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