Comentário de hoje no Jornal da Manhã:
Empresários da indústria que estiveram reunidos com o presidente Jair Bolsonaro e com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil) receberam a informação de que uma série de medidas para desburocratizar a economia deverão ser anunciadas nas próximas duas semanas – um “revogaço” de medidas de atrapalham a produção.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a Casa Civil está costurando o pacote que prevê a retirada de normas por meio de decretos presidenciais. “Não é preciso apenas podar o entulho burocrático, mas evitar que novos surjam e gerem custos para as companhias. É uma agenda de todos os dias, mas que vale a pena e que afeta a todos nós como empreendedores”, disse.
Já a secretaria de produtividade do Ministério da Economia estuda sair medidas de microeconomia e regulatórias para melhorar o ambiente de negócios.
Eis uma pauta que merece apoio! O Brasil precisa, com urgência, de reformas macro e microeconômicas. A parte macro, como a reforma previdenciária, pode estancar a sangria fiscal do estado e, com isso, gerar um clima favorável aos investimentos, com redução da taxa de juros e expectativas melhores para a economia à frente. Já as mudanças micro vão melhorar o ambiente de negócios, retirando amarras estatais que impedem ganhos de produtividade do setor privado.
O Brasil é como um prisioneiro com duas bolas de chumbo presas aos pés – a carga tributária complexa e elevada e a alta taxa de juros -, e uma camisa de força segurando as mãos – a burocracia asfixiante. E ainda querem que esse prisioneiro corra contra chineses e indianos na corrida da globalização! Tal metáfora já foi usada pelo ministro Paulo Guedes numa palestra. Ele entende perfeitamente o que impede nosso avanço. Passou da hora de se criar essa agenda positiva. Essa é nossa prioridade, não picuinhas desnecessárias nas redes sociais. Se tais mudanças de fato ocorrerem, nossa economia finalmente poderá deixar para trás os voos de galinha e embarcar num crescimento sustentável. Deixem o homem – no caso Guedes – trabalhar. Se o presidente e o Congresso ao menos pararem de atrapalhar tanto, teremos uma chance boa de recuperação.
Rodrigo Constantino
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