A prisão do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, demonstra que a Operação Lava-Jato está chegando cada vez mais perto do cangote do líder petista. Na coletiva de imprensa, a equipe responsável pela operação apresentou inúmeros dados concretos que apontam para as falcatruas do pecuarista em simbiose com o governo. São dezenas de milhões de reais, envolvendo inclusive o BNDES, desviados para fins obscuros com empresas fantasmas.
O BNDES é o grande xis da questão, pois foi o instrumento usado pelo PT no governo para irrigar o caixa das empresas dos “amigos do rei”. Estamos falando em dezenas de bilhões de reais, sem critérios técnicos que justificassem tantas concessões. Os filhos de Bumlai também são investigados, pois suas empresas, aparentemente sem atividade operacional, receberam milhões do banco público do nada, ganhando vida da noite para o dia.
O Ministério Público, a Polícia Federal e a Receita Federal estão trabalhando em conjunto para averiguar toda a ligação política desses empréstimos. Isso demonstra que nossas instituições republicanas ainda gozam de relativa autonomia. As investigações miram na origem desses empréstimos, para verificar se há algum critério técnico, ou se tudo foi esquema político.
O que vem sendo desvendado é um grande esquema que ilustra nosso patrimonialismo nefasto, o qual o PT não criou, mas expandiu, e muito. A “coisa pública” é tratada como “cosa nostra”, típico de máfias que se apropriam do estado para benefício próprio. Lula usou sua influência para enriquecer seus amigos, e sua própria família no processo?
É o que tudo indica. E os responsáveis pelas investigações estão cada vez mais perto do “chefe”, daquele que tinha o poder para tanta influência patrimonialista.
Rodrigo Constantino
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