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Nada como um dia após o outro. Privatização era palavrão até ontem nos meios esquerdistas, e o termo era (ou é) usado para atacar os também esquerdistas tucanos em época de eleição. Com o passar do tempo, porém, a realidade vai se impondo, e até nossa esquerda precisa aceitar que o estado não é bom empresário, não tem competência e incentivos adequados para gerir empresas.

Fiquei feliz de ver a deputada estadual Aspásia Camargo, do PV carioca, defender justamente a privatização da Cedae em um artigo publicado hoje no GLOBO. A deputada, com quem já tive o prazer de conversar durante um jantar e me pareceu bem-intencionada, chegou a comparar a péssima gestão da Cedae com o caso de Niterói, onde uma empresa privada executa o serviço de forma bem mais eficiente. Foi justamente o caso que utilizei em meu Privatize Já. Diz ela:

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Caro prefeito Eduardo Paes, se Niterói exerceu sua titularidade, rompeu com a Cedae e, hoje, com concessão à iniciativa privada, ocupa a 12ª posição no ranking do saneamento do instituto Trata Brasil (entre as cem maiores cidades do país), por que continuamos com a companhia, amargando um humilhante 57º lugar? Entre as capitais, o Rio fica em 13º lugar.

Por que atribuir serviço tão fundamental à saúde e ao bem-estar da população a uma empresa que não investe sequer um real com recursos próprios, que depende de recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fecam), do PAC (que vem a conta-gotas) e de empréstimos feitos pelo estado? Por que manter o esdrúxulo (e de legalidade questionável) convênio que atribui os serviços à Cedae por 50 anos (renováveis por mais 50 anos)?

De fato: por que deixar serviço tão fundamental nas mãos estatais? A Cedae tem sido alvo de muitas críticas, com razão. O povo não aguenta mais seus serviços tão ruins. Está na hora de transferir o setor para a iniciativa privada aqui no Rio. Precisamos de mudanças urgentes. Como conclui Aspásia, “não dá para acreditar que as providências virão com uma companhia que é responsável pelos serviços há mais de 40 anos e que deixou as coisas chegarem nesse patamar”. Mudança já! Privatize Já!