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O caso é um assombro, e mostra como o “fascismo do bem” avançou no mundo pós-moderno, como a intolerância dos “tolerantes” chegou a um patamar orwelliano. Lindsay Shepherd é uma aluna de pós-graduação que também assumiu a função de professora assistente em sua universidade, no Canadá. Ela resolveu mostrar um vídeo do pensador Jordan Peterson. Foi punida por isso.

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Até aí, “normal”, dentro da nova patrulha esquerdista, que só aceita aquela “diversidade” hegemônica. Vídeo de terroristas, de comunistas, de revolucionários? Tudo bem. Mas o vídeo de um pensador sério como Peterson, respeitado por sua incrível bagagem cultural? Nem pensar!

Só que há um detalhe: Lindsay gravou o interrogatório ao qual foi submetida pelo responsável da universidade. E tornou o áudio público. Há vários vídeos no YouTube divulgando o conteúdo, que é explosivo, pois mostra o grau de censura em que a direita está vivendo.

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O responsável pela Wilfrid Laurier University afirma que alguns alunos se sentiram “desconfortáveis” com o vídeo do conservador, comparado a Hitler (lembrando: todos que não são socialistas são nazistas). Peterson e Hitler são tão “iguais” como água e óleo: não se misturam. Mas o uso de rótulos vale para calar o debate, e se não é esquerdista seguidor do politicamente correto, só pode ser um fã de Hitler, claro.

Lindsay argumenta que não está lá para dar conforto aos alunos, e sim para provocar reflexões e debates construtivos. Ela não tomou partido, garante, apenas se limitou a expor o vídeo para que cada aluno tirasse suas próprias conclusões. Mas alguns alunos se sentiram “ofendidos” com o ponto de vista do pensador, e isso, pelo visto, é inaceitável quando tal pensador não é de esquerda.

O administrador da universidade ainda frisa: “um ou vários alunos reclamaram”. Ou seja, podemos estar diante do caso de um único aluno sendo capaz de interromper uma aula se a perspectiva for conservadora. Eis aqui uma das reportagens feitas sobre o caso, pelo Independent Man:

A professora assistente se mostrou chocada com a opinião da universidade, de que os alunos deveriam ser “protegidos” de ideias desconfortáveis. Ela manteve, com firmeza heróica, a defesa do óbvio: “mas esses alunos serão expostos a ideias diferentes!”. Como pode estar errado expor aos alunos o contraditório, o outro lado? “Numa universidade todas as perspectivas devem ser apresentadas”, disse Lindsay, para a resposta reveladora do administrador: “Isso não é necessariamente verdade”.

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Claro que não! Sabemos que só um lado deve ser apresentado, o lado esquerdo. Sabemos que pensadores de direita devem ser evitados ao máximo, pois são “perigosos”. E isso não aconteceu em Cuba ou na Coreia do Norte, vale lembrar. Mas sim no Canadá! No “progressista” Canadá, onde “progresso” quer dizer retrocesso, “diversidade” quer dizer hegemonia de esquerda e “tolerância” quer dizer obediência bovina à ditadura do politicamente correto.

Que mundo é esse?! O fascismo venceu, e foi com um discurso antifascista, de diversidade e tolerância. Na marcha das minorias oprimidas, na revolução das vítimas, não há mais espaço para conservadores. Nem mesmo em universidades! Nelas só há agora o “espaço seguro”, que pretende manter as “minorias” livres de qualquer “ofensa”, de qualquer opinião “desconfortável”.

Rodrigo Constantino