Que Caco Barcellos tem claro viés de esquerda, isso todos já devem ter percebido. Mas o programa “Profissão Repórter” desta terça se superou no esquerdismo. O pior é que saí direto de uma boa entrevista na GloboNews para esse proselitismo disfarçado de reportagem da Globo, sobre o programa Mais Médicos. O choque foi inevitável.
Aprendemos que os “médicos” cubanos são muito legais, e que a queda da mortalidade em um município foi enorme. Vimos médicos espanhóis ou portugueses com o mesmo espaço de tempo no programa, o que pode levar o telespectador mais desavisado a ignorar que o Mais Médicos foi feito sob medida para trazer… “médicos” cubanos. Sim, eles representam mais de 90% do total.
A reportagem cita que o salário deles, dos cubanos, também é de R$ 10 mil, mas que R$ 3 mil fica com eles e o restante vai para o governo cubano. O termo foi esse: governo. Nunca se escuta regime ditatorial, tirania opressora, nada parecido. E pronto. Bola para frente. Vida que segue. Nem uma só palavra sobre esse confisco, sobre esse regime de escravidão do qual o Brasil, via governo petista, tornou-se cúmplice.
O telespectador que esperava algum comentário sobre o escândalo que veio à tona recentemente, da funcionária do próprio governo do PT falando em gravação que tudo era uma forma de bancar o regime cubano, e que traria até espiões como médicos, para fiscalizar os demais, ficou à espera de um milagre. Nada. Nadinha.
Uma reportagem sobre o Mais Médicos não deveria escutar, por exemplo, o senador Ronaldo Caiado, que tem feito graves acusações sobre o programa? Na cabeça de Caco Barcellos, não. Isso não é relevante. O importante é mostrar como a mortalidade caiu em um município, e retratar esses “médicos” como heróis, endossando de forma velada a afirmação da presidente Dilma, de que eles seriam mais “humanos”. Não é incrível?
O mais engraçado de tudo isso – se é que dá para achar alguma graça – é lembrar depois que os “intelectuais” gostam de “acusar” a TV Globo de ser de direita. Os mesmos “intelectuais” que cospem na classe média, mas assistem as novelas e vibram quando uma idosa dá um “beijinho no ombro” após dar outro na boca de outra idosa. A Globo é de direita, dizem, um instrumento da “elite golpista”.
Seria cômico, não fosse trágico…
Rodrigo Constantino