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A acirrada disputa entre PRB e PSOL na eleição para a prefeitura do Rio se estenderá para a Câmara de Vereadores, e a primeira batalha promete ser em torno da ideia de “escola sem partido”.

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Um projeto de lei, de autoria do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), já tramita na Casa e estipula a criação do “Programa Escola Sem Partido”. Iniciativas semelhantes foram apresentadas pelo país. Na campanha, o prefeito eleito, Marcelo Crivella (PRB), defendeu a tese. Há na Câmara o entendimento de que, em função da aliança entre Crivella e a família Bolsonaro no segundo turno, o tema deverá entrar na pauta no início do governo. E levantamento do GLOBO já mostrou que ao menos 30 dos 51 vereadores eleitos já declararam apoio publicamente ao senador.

O assunto surgiu ao longo da eleição, e ataques foram direcionados ao candidato do PSOL, Marcelo Freixo. Adversários afirmavam que ele seria favorável a um ensino ideologizado. Freixo se diz contra a partidarização nas aulas, mas ressalta que os professores não podem se abster de promover discussões e estimular o pensamento dos alunos. Logo após o resultado primeiro turno, Freixo discursou contra o projeto, em comício na Lapa.

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A bancada do PSOL, que saiu de quatro para seis vereadores e será a segunda maior da Câmara, já prepara a resistência.

– Vamos fazer uma oposição programática ao governo do Crivella, não uma oposição pela oposição. Tenho muito receio de que essa prefeitura represente um retrocesso no que diz respeito às liberdades individuais e ao Estado laico. Vamos lutar para impedir a provação do projeto escola sem partido. Esse vai ser um dos primeiros embates, e dos mais importantes – afirma o vereador Renato Cinco (PSOL), reeleito.

Retrocesso? Liberdades individuais? Sei… O que o PSOL quer é preservar a doutrinação ideológica nas escolas, da qual faz uso e abuso e é o maior beneficiado. Militantes disfarçados de professores fazem propaganda para a extrema-esquerda, e basta ver a quantidade de jovens “estudantes” apoiando a candidatura de Freixo para verificar o resultado nefasto disso. São criminosos, que desrespeitam a Constituição, a ética, a decência e o ECA para tentar influenciar jovens em vez de instruí-los e deixar que pensem por conta própria.

Freixo fala de preservar o direito do professor de “promover discussões e estimular o pensamento dos alunos”. Como se fosse isso que existisse hoje, e como se o Escola Sem Partido quisesse, de alguma forma, impedir o livre debate! É o contrário! O que o projeto quer é garantir o direito do aluno de ter um livre debate, de ter acesso à pluralidade de ideias, de ter um professor que busque a neutralidade, em vez de tentar “fazer a cabeça” dos alunos, como ocorre hoje.

O PSOL é contra tudo aquilo que presta, e defende tudo aquilo que não presta. Levou uma surra na eleição. Espero que fique claro agora como essa oposição ao Escola Sem Partido vem justamente daqueles que defendem o radicalismo de esquerda, o socialismo, a visão sectária de uma seita ainda pior do que a Igreja Universal do bispo Macedo. E para quem não estiver convencido ainda, uma boa notícia, que dei ontem na minha página do Facebook:

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Caros leitores, o blog terá menos atividade hoje pois vou aproveitar o feriado para finalizar a revisão do meu livro novo com Miguel Nagib sobre o Escola Sem Partido e a doutrinação ideológica em nossa “educação”. É, portanto, por uma boa causa. O livro está um espetáculo, e a capa já foi até aprovada. Mas calma… só em 2017! Ainda falta passar pelas mãos de tesoura de Carlos Andreazza, nosso editor. Aguardem no local…

Modéstia às favas, o livro está realmente fantástico, e olha que nem passou ainda pela edição da Record, que sempre dá um jeito de melhorar o original. É um verdadeiro tratado sobre a doutrinação ideológica, uma espécie de “livro negro da educação brasileira”. Não dá para ler aquelas páginas todas, ter acesso a todos aqueles fatos, e ainda achar que Freixo e o PSOL querem mesmo resguardar o “livre debate” em sala de aula.

Está bem claro o que temos aqui: de um lado, os partidos de extrema-esquerda querendo manter o status quo, essa “educação” que é, na prática, pura doutrinação e leva o Brasil à rabeira nos rankings internacionais, com alunos que não sabem ler ou fazer conta direito, mas conhecem a cartilha do PSOL de cor; e do outro, aqueles que querem trocar essa porcaria por legítima educação, os que desejam uma escola sem partido!

Rodrigo Constantino