O PT gaúcho consegue ter o pior quadro do PT, o que é uma façanha e tanto. Lá começou o laboratório para a gestão nacional, e o partido conseguiu destruir o estado após 16 anos de incompetência e ideologia equivocada. Nomes como Olívio Dutra e Tarso Genro, sem falar da própria presidente Dilma, que fez escola por lá, representam o que há de mais retrógrado em um partido retrógrado.
E para dar mais provas disso – como se fosse preciso – o governador Tarso Genro revolveu reestatizar as rodovias da região. Todos os polos de pedágio rodoviários que haviam sido concedidos ao setor privado em 1998, quase 1.000 km de estradas, voltarão à União, e uma estatal, Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), cuidará do restante. Como diz a própria matéria no Estadão:
A medida de Tarso já seria, em si mesma, um contrassenso, pois se sabe há muito tempo que o Estado é incapaz de administrar estradas. Mas seu rompante, uma promessa de campanha, é ainda mais exótico quando se observa que o governo federal, presidido por sua correligionária Dilma Rousseff, vai no sentido totalmente oposto, empenhando-se em atrair investimento privado, ainda que aos trancos e barrancos, para melhorar a intransitável malha rodoviária federal.
[…]
As concessionárias, com razão, qualificaram esse tipo de raciocínio de “político e ideológico” – acusam o governo de descumprir contratos, ao interferir nos preços dos pedágios, e pretendem cobrar na Justiça um passivo que dizem chegar a R$ 3 bilhões. Para o presidente da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias, Egon Schunck Júnior, “no Rio Grande do Sul, ao contrário do resto do mundo, a opção é a estatização”.
A iniciativa privada consegue gerir melhor as estradas. O governo nunca foi nem jamais será um bom gestor de serviços que podem funcionar com base nas leis de mercado, do lucro. Sua tendência é superfaturar obras, ser desleixado com a manutenção, e cobrar ainda mais caro pelas vias indiretas, os impostos.
De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 84,4% das estradas concedidas a empresas privadas estão em ótimo ou bom estado, enquanto apenas 26,7% das rodovias sob responsabilidade estatal se encontram nessas condições.
Para piorar, o governo sequer consegue investir o que é autorizado. O levantamento da CNT mostra que o investimento público federal em rodovias no ano passado, até 8 de outubro, foi de R$ 4,2 bilhões – apenas 33,2% do total autorizado. Diz a reportagem:
No caso das rodovias estaduais gaúchas, já se sabe que o fim da cobrança de pedágio resultará na suspensão de serviços de ambulância e guincho. Já as rodovias federais dependerão de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, cuja situação é de penúria.
No palanque, porém, tudo fica muito mais fácil. Com fanfarra e discursos inflamados, Tarso foi a uma das praças de pedágio, em Carazinho, para simbolicamente retomá-la, recorrendo à demagogia das cancelas levantadas. “Pode passar que é de graça!”, gritou o governador para um motorista de caminhão que buzinou ao atravessar o posto. No entanto, passada a festa populista, os gaúchos sabem que esse “de graça” vai acabar saindo muito caro.
Será que o PT gaúcho está lançando um balão de ensaio para ser usado no governo federal em um possível segundo mandato de Dilma? Não saberia dizer. O que dá para afirmar, com mais convicção, é que de onde menos se espera é que não sai nada mesmo. Ou por outra: sai, mas só porcaria!
Fica a dúvida e a perplexidade: como podem os gaúchos, depois de sofrer tanto nas mãos do PT, colocarem novamente essa gente no poder? É algo que desanima quando pensamos no Brasil como um todo. Afinal, já estamos com 11 anos de estragos causados pelo PT nacional, e tudo indica que o eleitor vai pedir mais 4 anos. Somos um povo masoquista?
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