Já mostrei aqui que o PT mente ao acusar Marina de ser a “candidata dos banqueiros”, uma vez que o próprio PT tem sido um grande pai para os maiores bancos brasileiros. Agora pretendo demonstrar que, além de ser o melhor amigo dos bancos, o PT é também o pior inimigo das estatais, prejudicando milhares de acionistas minoritários e os milhões de brasileiros sócios dessas empresas por meio da União.
Vejam, por exemplo, o desempenho relativo entre as ações do banco Itaú e as da estatal Petrobras desde o começo do mandato de Dilma:
Houve uma valorização relativa de quase 80% a favor do banco até março deste ano. A partir de então, as ações da estatal se recuperaram um pouco, justamente porque aumentaram as chances de Dilma perder as eleições. Ou seja, os investidores do Brasil e do mundo sabem que Dilma maltrata as estatais, mas não os bancos.
A história se repete, até com mais hiato ainda, quando comparamos o Bradesco com a Eletrobras, que foi massacrada no mercado pelas trapalhadas do governo:
As ações da Eletrobras chegaram a cair quase 75% durante a gestão de Dilma, que fora ministra de Minas e Energia, não custa lembrar. Recuperaram-se parcialmente devido às pesquisas eleitorais, que apontam probabilidade maior de derrota do PT, e acumulam queda de cerca de 60% durante o governo Dilma. Enquanto isso, o Bradesco se valorizou quase 40%.
Em suma, Dilma não é a mamãe, segundo Guilherme Fiuza, mas os banqueiros talvez discordem. Já para as “nossas” estatais, que além de frequentarem mais as páginas policiais do que econômicas, perderam bastante valor nos últimos anos, Dilma poderia muito bem ser a típica madrasta dos contos infantis…
Rodrigo Constantino
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