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Um leitor chama a minha atenção para o ato falho de Putin, que teria confessado, implicitamente, que seu país só fabrica produtos ruins e caros. É o que podemos pescar desse trecho nessa reportagem: “O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a associação entre a Ucrânia e a UE prejudicará a economia russa, pois o mercado do país vizinho receberia produtos europeus baratos e de boa qualidade“.

Ou seja, abrir os mercados da Ucrânia seria ruim para seu país, pois os ucranianos poderiam, ó céus!, comprar produtos melhores e mais baratos dos demais países europeus. Onde já se viu isso?! É um absurdo permitir que um povo tenha acesso a produtos melhores e mais baratos. E como ficam os produtores ineficientes da Rússia?

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Sem querer, Putin deixa transparecer toda a lógica do protecionismo comercial: punir o povo consumidor para proteger alguns produtores ineficientes, mas organizados e poderosos politicamente. É assim no mundo todo. Barreiras comerciais servem apenas para beneficiar os “amigos do rei”, punindo milhões de consumidores, que estariam em situação bem melhor se pudessem escolher de quem comprar.

O livre comércio defende as vantagens comparativas e as liberdades individuais, “empoderando” cada consumidor e respeitando a meritocracia, estimulando a busca pela excelência das empresas. O protecionismo defende poucos produtores e políticos poderosos, tratando o povo consumidor como súdito que merece pagar preço de ouro por lixo.

Rodrigo Constantino