Os moradores do prédio que desabou no Largo do Paissandu, Centro de São Paulo, relatam que pagavam aluguel de até R$ 400 a dois supostos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM). De acordo com testemunhas, ambos sumiram assim que o fogo começou.
— Foram os primeiros a fugir — grita Antônio, um rapaz de boné, muito agitado, morador do local. — Eles moravam no térreo. Deu tempo até de tirar os carros da garagem.
De acordo com os moradores, as regras no local eram bastante rígidas. Ele relembram que o fornecimento de água só era liberado de madrugada e que os portões eram trancados às 19h.
— Estava tudo trancado na hora do fogo. Se não fosse um morador de rua arrebentar a corrente, a gente teria morrido lá dentro — diz Fábia.
Os “responsáveis” pelo edifício chegaram a expulsar moradores que atrasavam ou não pagavam corretamente o aluguel.
— Fui expulsa há duas semanas porque atrasei R$ 100 do aluguel. Sendo que o prédio é infestado de rato, não tem esgoto nem descarga — conta Bárbara Nair, de 19 anos.
O pagamento era feito à dupla mesmo se tratando de uma ocupação irregular.
Quem acompanha minimamente esses ditos “movimentos sociais”, especialmente o MTST de Boulos, sabe como a coisa funciona. Os líderes usam os ignorantes pobres como massa de manobra, invadem propriedades, e depois “assumem o controle”, como se a propriedade fosse deles agora (e na prática é). Ou seja, confiscam a propriedade alheia e exploram os pobres depois. Esquerdismo é sinônimo de exploração.
O modus operandi da turma é muito similar ao dos milicianos, que “ocupam” as favelas e depois cobram taxas pelo gás, pela Net, por tudo! São os donos do pedaço, o estado paralelo, onde o estado fracassou em sua função mais básica: garantir a propriedade privada. São piratas que dividem o butim, bandidos que compartilham da pilhagem.
Qual, então, a grande diferença entre esses “movimentos sociais” e a milícia, tão atacada pela esquerda (por disputa de território)? Simples: a milícia não é vista por olhares românticos, não se protege por trás de eufemismo, não conta com “intelectuais” e “professores” para denfede-la, tampouco com “jornalistas” simpáticos.
Nesse aspecto, trata-se da mesma diferença entre comunistas e fascistas. Ninguém elogia mesmo o fascismo hoje, e ninguém enche a boca para falar que é fascista, como se isso fosse sinônimo de algo lindo. Já com o comunismo… ainda temos inúmeros boçais defendendo a ideologia assassina, achando que são ótimas pessoas só por vestirem a camisa de Che ou repetirem slogans marxistas.
A grande diferença, portanto, entre comunista e fascista, entre “movimento social” e milícia, é a aura de bondade que os primeiros ainda ostentam, graças à campanha ideológica na mídia e nas universidades. Na prática, porém, são exatamente iguais: usam a força, a intimidação, o crime, para transformar os outros em escravos, explorar a pobreza para benefício próprio, e viver como parasitas do esforço alheio.
Rodrigo Constantino