Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
“Free Education!”, eis aí uma frase em inglês que – num primeiro momento – poderia unir professores e estudantes de qualquer corrente ideológica. Notem a ênfase em: “num primeiro momento”.
Num segundo momento, a divisão entre liberais e não-liberais seria inevitável, considerando hipoteticamente que – num primeiro momento – a união tivesse sido possível.
“Free Education!” pode ser compreendido como “Educação Livre!”, no sentido de que o governo não intervém na atividade cultural e educacional de nenhuma maneira.
“Free Education!“ pode, também, ser entendido como “Educação Grátis!”, no sentido de que uns privilegiados terão sua educação escolar paga por terceiros, obrigados a isso pelo poder de coerção do governo.
“Educação Livre!” significa a educação livre das forças coercitivas do governo que não apenas limitam as oportunidades para a aquisição de conhecimento, tanto na oferta quanto na procura por esse serviço, como encarecem o seu fornecimento para todos, inclusive para os que acham que não estão pagando por ele.
“Educação Livre!” é o grito de guerra de quem quer se livrar da coerção, da ignorância, da pilhagem, da doutrinação promovida por segmentos da sociedade que querem controlar a vida dos outros através da sonegação dos conhecimentos que permitiriam que seus propósitos pudessem ser elaborados e atingidos na busca da felicidade.
“Educação Grátis!” é o grito de guerra de quem quer se livrar da realidade, da necessidade inescapável de se criar valor, de se usar a sua própria capacidade intelectual para aproveitar as oportunidades que estão à disposição de todos.
“Educação Grátis!” é o grito de guerra de quem quer criar uma sociedade cleptocrática, onde uns escravizam, parasitam e sacrificam os outros através do indevido uso da força monopolizado pelo governo.
“Educação Livre!” é o grito de guerra de quem quer viver numa sociedade de seres humanos racionais, educados e criados para desenvolverem mentes livres e independentes, onde cada um possa interagir com os demais de forma espontânea e voluntária para criar e trocar valores, materiais, intelectuais e espirituais para o benefício mútuo.
Como tudo na vida, não existe educação livre quando ela é grátis, muito menos quando ela é grátis e ainda por cima obrigatória.