Não foi por falta de alerta. A esquerda caviar acha que pode viver para sempre em sua bolha, mas não pode. O Projac fica cercado por Curicica, o Leblon é ameaçado pela Rocinha e Cruzada, e cada vez mais o “progressista” precisa se acuar, blindado do mundo externo que ajudou a transformar num verdadeiro inferno.
Nunca foi meu estilo frequentar os bares da Lapa, programa “alternativo” de “bicho-grilo”, de gente “descolada”. Como um legítimo e orgulhoso “coxinha”, essa nunca foi a minha praia carioca. Meus amigos e conhecidos que adoravam a Lapa normalmente tinham esse viés ideológico, uma pegada mais estética, romântica, esquerdista. Mas essa turma está perdendo seu reduto, segundo vemos nessa reportagem do GLOBO:
Sob o letreiro quebrado da antiga Pizzaria Guanabara, um morador de rua improvisa uma cama com pedaços de papelão. Na marquise ao lado, uma faixa com o anúncio “vendo ou alugo” está encardida pela ação do tempo, sem que nenhum interessado apareça. Ao longo da Avenida Mem de Sá, o cenário é parecido: enfileiram-se lojas fechadas, espremidas entre casarões abandonados e bares que só funcionam à noite. Principal reduto boêmio da cidade, a Lapa já não tem o brilho de antes. Diversos donos de restaurantes e casas noturnas já jogaram a toalha, e os que resistem — enfrentando a concorrência de ambulantes que parecem imunes à fiscalização — têm reduzido preços e mudado o horário de funcionamento de suas casas para tentar manter as portas abertas.
Os “sobreviventes” não têm dúvidas em apontar a crise econômica e o recrudescimento da violência, que tem levado muitos cariocas a ficarem em casa à noite, como os maiores vilões. Mas eles também se queixam de uma falta de ordenamento na região. Durante o dia, dificilmente são encontrados guardas municipais ou policiais militares no bairro, que, à noite, conta com a segurança do Lapa Presente.
— A Lapa está mais morta do que viva. Já vi muitas filas se formarem nas calçadas, mas nem me lembro da última vez que me deparei com uma. Só não paramos ainda porque fechar a casa seria pior — afirmou Francisco Almussara, um dos sócios do Nova Capela, restaurante que, fundado em 1923, é um dos que lutam para não sucumbirem à crise.
Fica defendendo Freixo e PSOL para ver o que é bom para tosse. Fica chamando a polícia de “fascista” e tratando marginal como “vítima da sociedade”, fica. Segue aí glamourizando as drogas, pregando as bandeiras esquerdistas que quebram o estado, atacando a austeridade. Vibre com um “estudo” maluco desses como o da comunista Fiocruz:
Haja manipulação, mentira, distorção, falta de lógica. Mas não é o que mais seduz a rapaziada esquerdista? Depois não reclama!
Quando o caos se instalar, quando a anomia for a regra, quando a bandidagem tomar conta de tudo, aí aquele chopinho gelado com os companheiros na rua ao som de um pagodinho ou funk não vai rolar, pois será perigoso demais. É preciso sair do carro blindado, não é mesmo?
Vale para o ambiente de “estudo” também. A UFRJ já teve sete casos de sequestro-relâmpago só esse ano. Uma reportagem de hoje mostra como os roubos fazem parte da rotina nas universidades, citando como exemplo a UERJ:
Na Uerj, um novo problema surgiu: moradores de rua transformaram um canteiro entre a Rua São Francisco Xavier e a Radial Oeste numa cracolândia. Estudantes dizem que a presença de usuários de drogas agravou problemas já históricos de insegurança no entorno da universidade. Ontem, havia pelo menos 20 moradores de rua no local. O estudante de engenharia Leonardo José da Silva, de 26 anos, contou que, durante o dia, os usuários de crack não causam maiores problemas, mas ele já ouviu relatos de colegas assaltados com facas, à noite.
— A partir das 21h, fica tudo muito deserto. Homens se drogam ali e depois saem para fazer pequenos roubos na área — conta ele. — Mas a violência está em todo o entorno. Em 2016, fui assaltado enquanto esperava um ônibus. Tive que mudar meus hábitos, não pego mais condução perto da Uerj.
Fica achando cool aquele professor comunista fracassado que faz apologia às drogas, fica. Tenta enxergar tudo como linda abstração, mas depois não reclama quando o traficante de carne e osso apontar uma arma, exigir o relógio e avisar: “Perdeu, playboy”. Chegar na faculdade com o carro do ano que o papai deu, vestindo uma camisa do Che Guevara e se achando o mais revolucionário do mundo pode ser divertido, mas sofrer um sequestro-relâmpago não é, não é mesmo?
A bolha psolista mimada e lesada precisa acordar enquanto é tempo – se ainda é tempo. Após décadas de narrativa torta, colaborando para o avanço da marginalidade e a falência do estado, afugentando empreendedores do local, aquele “charme” todo do estilo bem carioca de ser fica um tanto prejudicado, quiçá inviável. Queimar um bagulho com os camaradas nas ruas da Lapa virou uma aventura e tanto, não é mesmo?
O Rio, lamento constatar, é um experimento social fracassado…
Rodrigo Constantino
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