No vídeo desta semana, falei do duplo padrão da imprensa, de seu viés ideológico, usando os dois lamentáveis episódios de terrorismo esta semana, um em Charlottesville por um neonazista e outro em Barcelona por muçulmanos. Terminei o vídeo usando um caso brasileiro: as ovadas que João Doria e Jair Bolsonaro levaram de fascistas vermelhos.
Pois bem: o fato é que a mídia trata de maneira muito diferente os acontecimentos quando o alvo é alguém “de direita”, e não de esquerda. E é essa seletividade que ninguém aguenta mais, que ameaça o jornalismo e retira sua credibilidade, que justifica a alcunha de “Fake News”. Vejam esses casos que Carlos Bolsonaro, filho de Jair, divulgou em seu Twitter:
No primeiro caso, vemos o tratamento bem diferenciado dado pela imprensa quando é Bolsonaro ou Lula o alvo. Se Bolsonaro leva uma ovada no peito, isso é visto como “protesto” pela imprensa. Mas se um homem petista que usava uma camisa de Lula é alvo de alguma coisa, isso vira automaticamente “agressão”. É a mesma tática usada para falar de invasão de esquerdistas a escolas (“ocupação”) ou invasão de nacionalistas de direita ao Congresso (“invasão” mesmo).
Se a esquerda é o alvo, lá vem eufemismo. Tudo para poupar esse lado ideológico. Por isso que tem circulado tanto um áudio supostamente de um funcionário da Rede Globo (“Fantástico”) que teria pedido demissão e passou a denunciar um esquema entre a empresa e a esquerda petista. O grupo nega, pode ser “fake”, mas eis o ponto: é crível! E isso já é preocupante, e deveria fazer com que os proprietários da Globo parassem para refletir. Como dizem os italianos, se non è vero, è ben trovato.
No segundo caso vemos o que deve ser uma militante esquerdista organizando um ataque a Bolsonaro. Também não sabemos a veracidade da coisa, mas, novamente: é bem provável e crível, pois conhecemos muito bem o comportamento da militância socialista, sempre agressiva, violenta, autoritária e fascista. Sim, fascista, exatamente o que acusam os outros de serem.
O mais assustador não é a atitude marginal da extrema-esquerda, pois ela é conhecida. O mais preocupante é o silêncio dos “moderados”, o duplo padrão de quem deveria ser imparcial. A leniência dos “moderados” sempre foi combustível para os fanáticos radicais. Por isso mesmo é fundamental se ater a princípios e valores, não a pessoas e times, e ser coerente. Quando Trump condenou ambos os lados violentos, e foi demonizado pela imprensa, ele estava absolutamente certo!
Eu tenho atacado qualquer lado fanático também, inclusive parte da militância do próprio Bolsonaro, que deveria saber melhor como é revoltante ser difamado e rotulado de forma injusta. Infelizmente, é o que alguns ali têm feito, com mentiras e manipulações. A turma do MBL, por exemplo, tem sido alvo de muitos ataques desses seguidores mais extremistas de Bolsonaro, mas mantém a coerência e o defende quando necessário:
Ou seja, via de regra, não é a direita que espalha o ódio, ainda que uma pequena parcela o faça. Normalmente essa disseminação de ódio vem da esquerda radical, em quantidade bem maior, e com um agravante: o silêncio cúmplice dos ditos “moderados” do lado de lá. Já os moderados do lado de cá, os liberais e conservadores, condenam veementemente qualquer ataque violento, do lado que for. É um abismo moral intransponível…
Rodrigo Constantino