Por Alexandre Borges
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, que tal começar entendendo um pouco mais mulheres e homens?
Um estudo publicado em 2008 pela American Psychological Association, com dados de 55 países, revelou que:
1. Há um padrão em todas as sociedades humanas pesquisadas, um resultado que independe de tradição cultural, religião, nível de renda, etnia, idade e etc., em que mulheres tendem (ênfase no “tendem”) a ser mais carinhosas, mais expressivas emocionalmente e ter mais aversão ao risco. Homens tendem (ênfase no “tendem”) a ser mais competitivos, mais propensos a assumir riscos e menos expressivos emocionalmente. Surpresa para você? Para mim, não.
2. Quanto mais rica e educada uma sociedade, mais essas diferenças ficam nítidas, o que pode surpreender a patrulha ideológica. Quando homens e mulheres têm mais acesso a educação e renda, mais eles assumem os papéis “tradicionais” ou “naturais” de homens e mulheres. Como disse o colunista de ciência do New York Times John Tierney, “aparentemente as diferenças de personalidade entre homens e mulheres são menores em culturas tradicionais como na Índia ou no Zimbábue do que na Holanda ou nos EUA. Um homem casado com uma dona-de-casa num clã patriarcal em Botsuana é “mais parecido” com a esposa do que um casal que trabalha fora na Dinamarca ou na França.”
Outro estudo neurológico importante, feito por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, mostrou que os cérebros de homens e mulheres, após vistos em atividade utilizando as mais modernas técnicas de diagnóstico por imagem, funcionam de forma diferente. Não é questão de opinião, queridos, e a patrulha fascistóide pode reclamar à vontade contra os fatos. Os cérebros simplesmente funcionam de forma distinta, o que é comprovado cientificamente.
Para a médica PhD que conduziu a pesquisa, Dra. Ragini Verma, homens e mulheres “pensam diferente”. Homens teriam mais habilidades motoras e melhor percepção espacial, além de serem “monotemáticos”. Mulheres teriam mais memória, mais capacidade de adaptação social e são mais “multitarefa”. É claro que há exceções, mas esse é o padrão captado nos exames radiológicos e é o que mostra a experiência e o senso comum. O cérebro da mulher teria os hemisférios mais “colaborativos”, enquanto o cérebro masculino tende a focar mais em um ou outro hemisfério dependendo da tarefa.
Os antropólogos Mary C. Kuhn e Steven L. Stiner, da Universidade do Arizona, acreditam que foi exatamente a divisão de tarefas entre homens e mulheres que fez com que o homo sapiens vencesse os neandertais na luta pela sobrevivência. Os neandertais, talvez os primeiros defensores da ideologia do gênero, não viam diferença entre machos e fêmeas da espécie, o que fez com que virassem hoje apenas esqueletos em museus.
A jornalista e escritora Lori Gottlieb conduziu um longo estudo com milhares de mulheres e homens para saber como buscam novos parceiros para relações estáveis e descobriu características profundamente diferentes entre ambos. Dois exemplos:
1. Ela quis saber o que faz um solteiro dispensar um candidato ou candidata para um segundo encontro. Os homens citaram três motivos para não querer continuar se encontrando com uma determinada mulher. As mulheres citaram 300 motivos. Trezentos!
2. Ela perguntou a mulheres o que fariam se conhecessem um homem que fosse 80% do que elas consideram ideal. Elas responderam: “continuaria procurando”. A mesma pergunta, feita para homens, deu a resposta oposta: “80% do ideal? Eu caso na hora!” As respostas tinham variações, claro, pela idade. Os grupos foram divididos em solteiros na casa dos 20, dos 30 e dos 40 anos, com os mais velhos ficando, com o tempo, mais tolerantes com os potenciais parceiros.
Numa outra pesquisa, Lori Gottlieb quis saber como funcionavam os chamados “casamentos igualitários”, em que homens e mulheres dividiam todas as tarefas domésticas. Ela descobriu que os homens que varrem o chão e lavam pratos, por exemplo, recebem elogios mas, no geral, têm menos sexo com as esposas. As mulheres estudadas por Lori Gottlieb acham “suuuper bacana” os parceiros que cuidam da casa, mas transam menos com eles. Pense o que quiser sobre isso ou discuta com a jornalista ok? A matéria, publicada no New York Times, é essa: http://www.nytimes.com/…/does-a-more-equal-marriage-mean-le…
Ser intolerante com homossexuais, como são os psicopatas do ISIS, é tão primitivo e neandertal quanto achar que homens e mulheres são biologicamente iguais, como defende a cartilha que é atualmente ensinada nas universidades com consequências desastrosas em termos de políticas públicas.
Nas escolas americanas, há hoje o que a escritora Christina Hoff Sommers chama de “guerra aos meninos”. Toda a educação fundamental estaria voltada para valorizar as características femininas tradicionais em detrimento dos meninos, que estão rendendo menos, lendo menos, tirando menores notas e saindo mais da escola. Para o psicólogo Michael Thompson, hoje meninos são tratados nas escolas como “garotas com defeito”. Leia mais aqui: http://ideas.time.com/…/what-schools-can-do-to-help-boys-s…/
Se você quer comemorar o Dia Internacional da Mulher, comece permitindo que as mulheres sejam quem elas quiserem ser, sem patrulhas, sem histeria ativista, sem feminismo fascistóide. Deixe que sejam felizes como preferirem, seguindo suas vontades, instintos e emoções. A verdadeira liberdade não está em fazer homens se parecerem com mulheres ou vice-versa, mas deixar que sejam livres nas suas escolhas.
Vive la différence!
Link da pesquisa da American Psychological Association: http://psycnet.apa.org/…
Link da pesquisa da Universidade da Pensilvânia (Brain Connectivity Study Reveals Striking Differences Between Men and Women) http://www.med.upenn.edu/ap…/faculty/index.php/g275/p1938061
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião