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Quem não deve não teme: recado aos professores contra o Escola Sem Partido

Por Gabriel de Souza Vieira *

Quem não deve não teme! Já diz o ditado popular brasileiro. Ou será que teme? Pois bem, essa é uma dúvida que surgiu em meu pensamento quando vi vários professores-doutrinadores engajados na defesa do comunismo, temendo a aprovação do Projeto Escola Sem Partido.

Todo aquele que escolhe a carreira do magistério escolhe uma profissão importante. Pela mão do professor passam todas as demais profissões, e estes que dizem, com orgulho, que são as bases da sociedade, e não apenas por ser professor que concordo, mas sim por concordar que somos importantes, mesmo antes de escolher a profissão, deviam ter mais compromisso com sua responsabilidade.

O professor é sim responsável pela instrução de crianças e adolescentes, e responsável pela instrução e formação de cidadãos conscientes, e justamente por isso ele deve tentar ser puro (ideologicamente) em sua profissão, até porque ele é um exemplo para os seus alunos.

Não sou contra o professor ter uma opinião formada sobre política, economia, religião ou qualquer outro assunto. Muito pelo contrário: como liberal-conservador, defendo o direito de liberdade de crença e pensamento a todos os cidadãos, mesmo que ele seja professor ou aluno. Defendo as liberdades individuais, pois acredito que todos nós somos iguais, e respeito a Constituição Federal e as leis internacionais que prezam pelas liberdades, tão odiadas pela esquerda.

Os que hoje criticam o Escola Sem Partido são os adeptos dos mesmos ideais de políticos que votaram contra a Constituição de 1988 que diz que deve existir:

  • A liberdade de consciência e de crença e a liberdade de aprender dos alunos (art. 5º, VI e VIII; e art. 206, II, da CF);
  • O princípio constitucional da neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado (arts. 1º, V; 5º, caput; 14, caput; 17, caput; 19, 34, VII, ?a?, e 37, caput, da CF);
  • O direito dos pais dos alunos sobre a educação religiosa e moral dos seus filhos (Convenção Americana sobre Direitos Humanos, art. 12, IV).

Os professores que são contra o ESP afirmam que estarão sendo censurados em seu direito de cátedra, sendo impedidos de lecionarem, pois não existirão pontos verdadeiros em sua fala, pois terão que apresentar dezenas de pontos de vista sobre um único assunto, e isso, segundo eles, aumentaria o seu trabalho diário, e não chegariam a um consenso de verdades.

Mas qual o problema com isso? Pois esses que dizem que não se chegará a um consenso de verdade são os mesmos que ecoam em alto e bom som que a verdade é relativa. Ora, ora: se a verdade é relativa, até mesmo a sua verdade professor, pode não ser verdade! E, sendo assim, você não poderá impor a sua verdade, mesmo que ela seja a defesa do comunismo!

Muitos, para não dizer todos, que são contra o Escola Sem Partido, dizem que não há necessidade disso, pois o aluno de 11 ,12 ou 13 anos precisa ser ensinado (e forçado, isso é a verdade) a tomar um partido (claro, e eles detestam quando o aluno escolhe ser de direita). São os mesmos que defendem que criançinhas de 5 anos sejam incentivadas a descobrir sua sexualidade e posteriormente sua identidade de gênero, sem a influencia dos pais!

Agora me explique: com cinco anos a criança pode escolher a sua sexualidade, mas o adolescente deve ser incentivado pelo professor a tomar um partido, pois ele não conhece o mundo político? Essa é a esquerda e o seu caminhão cheio de incoerência!

A minha pergunta aos professores que lecionam em escolas públicas e são contra o projeto é essa: você respeita cada um desses pontos, citados na Constituição Federal e na Convenção Americana sobre Direitos Humanos? A resposta é simples: sim ou não? Se você não respeita, e é contra o projeto ESP, você é sim um transgressor da Lei, e deve ser punido. Por outro lado, se você respeita esses pontos, não precisa temer esse projeto.

Já li e ouvi vários professores se manifestarem contra o projeto, por acharem absurda a acusação de doutrinação e mau uso da profissão para fazerem proselitismo político e religioso. Pois bem, quem não deve, não teme. Se sou acusado de algo que não o faço, porque temeria uma lei que já cumpro?

Se o professor defende a liberdade de expressão dentro da sala de aula, por que não apoiar um projeto que tem por principal objetivo apresentar uma visão multifocal sobre os mais variados temas? É estranho. Se o professor diz defender a liberdade individual de cada aluno, por que também não apontar em sala de aula visões e cosmovisões diferentes que estejam de acordo com o pensamento plural que o mundo vive hoje?

Para o esquerdista, é fácil defender a ideia de pluralidade em um ambiente conservador, pois sendo assim terá o direito de expor suas ideias a conservadores. Mas quando estes dominam um determinado ambiente, esquecem dá máxima atribuída ao filósofo francês Voltaire: ”Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. É fácil o esquerdista citar em alto e bom som Voltaire. Difícil mesmo é ver um defendendo o direito e a liberdade de expressão.

Mas por que tanto medo? A esquerda não consegue convencer o mundo de seus bons ideais? Ou será que a história do século XX tortura aquele professor socialista de butique? O que é mais fácil: dizer que Adolf Hitler era de extrema-direita, mesmo sendo membro do Partido NACIONAL SOCIALISTA, ou admitir que ele era socialista? Claro que seguem o sanguinário e mentor dos comunistas, o assassino Stálin, insistindo na mentira repetida mil vezes para se tornar verdade.

Essa mentira para os esquerdistas já tornou-se verdade, pois há décadas ecoa pelos quatro cantos do mundo, uma mentira proferida pelo líder do PCUS, e a essa altura tornou-se verdade. Na cosmovisão esquerdista e de professores mal intencionados, pode até ser mentira que Hitler era de direita, pois ele foi de encontro a todos os ideais defendidos por conservadores, mas o orgulho diabólico acorrentou-os a uma mentira que não permite que se libertem do vício marxista e nem do veneno destilado por Lênin, Marx, e tantos outros mais.

Dizem estarem no gozo de seus direitos e de liberdade de expressão, e vomitam às crianças mentiras como se fossem verdades. Dizem serem defensores da liberdade de expressão, mas perseguem quem se atrever questionar ou apontar o contraponto. São ótimos em discursos, culpando os militares pela “ditadura” e “censura” e, ao mesmo tempo, tornam-se ditadores em suas classes, colocando medo em seus alunos que não aderem à sua “onda” de pensamento, como no filme de mesmo nome que ilustra a história de um professor tirano que desafiou a liberdade de expressão dos seus alunos, transformando-os em presas fáceis para fisgar seus ideais maquiavélicos.

Vemos tantos professores criticarem a falta de eleições no período apelidado de “ditadura militar”, mas estes mesmos não ousam dizer uma palavra quanto às fraudes eleitorais na Venezuela, ou o simples fato que Fidel Castro é um ditador. Sim, ele é um DITADOR em Cuba!

Os mesmos professores que reclamam dos salários em um mundo capitalista defendem a “maravilha” do regime cubano e detonam o capitalismo malvado americano, mas ainda assim preferem Miami a Havana, mesmo sendo tão perto. É fácil ser socialista na teoria, é fácil defender igualdade para todos, é fácil cantar “Imagine”, e imaginar um mundo onde TODOS são iguais. Difícil mesmo é abandonar o shopping-center, o Netflix, o Mc Donald’s e ir morar na Coreia do Norte.

* Professor de História 

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