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Quem quer ajudar os palestinos deve ser contra o Hamas, não Israel
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Quem quer proteger as crianças indefesas da Palestina e não volta sua energia contra o Hamas, mas sim Israel, é hipócrita ou canalha.

Escrevi aqui um texto sobre a esquerda e o terrorismo, com base numa coluna de Pondé e usando o caso do músico Roger Waters, do Pink Floyd, como exemplo. Um leitor tentou defender o músico das acusações de antissemitismo que fiz, e disse: “acho meio tendencioso do autor do texto afirmar que o Waters é contra o estado israelense. Ele só é contra a matança de civis, que por mais que seja algo meio inevitavel em uma guerra é bem diferente do que você supõe. Seja mais honesto nas suas analises em vez de tentar puxar seu ódio por outros tipos de fanáticos na frente das outras pessoas”.

Hum, não me engana. Tive que enquadrar o leitor: “Se ele fosse contra a matança de civis apenas, ele iria direcionar seu ódio contra o Hamas, não Israel. Seja mais honesto em suas análises. Aqui não tem bobo…” A quem essa turma quer enganar? Quem realmente acredita que um sentimento nobre e humanitário leva pessoas honestas a uma revolta contra Israel em nome do povo palestino? Se a pessoa efetivamente quiser o bem dos palestinos e tiver um pingo de honestidade e vontade de estudar o assunto, saberá que não é Israel seu grande inimigo, e sim as próprias lideranças palestinas, como os terroristas do Hamas.

Foi justamente o que tentou explicar com paciência em artigo publicado hoje no GLOBO o embaixador de Israel no Brasil, Reda Mansour. Vale destacar que ele próprio é uma minoria em Israel, um druso. Mas as minorias muçulmanas em Israel vivem bem e com liberdade, inclusive para disputar cargos políticos. Quem ignora deliberadamente isso tudo para canalizar toda a revolta contra Israel, pode alegar o que quiser em termos humanitários, mas não passa de um antissemita hipócrita. Diz Mansour:

Roger Waters e o movimento BDS persistem em tentar aplicar, injustamente, o terrível adjetivo de “apartheid” ao Estado de Israel.

Ocultam os fatos de que numa sessão do Parlamento israelense, encontramos 17 membros árabes do Knesset, alguns dos quais fazem parte de partidos autoproclamados como sionistas. Israel tem membros árabes no Parlamento e no gabinete do governo; tem embaixadores e oficiais árabes no alto escalão nas Forças Armadas. Nossas universidades estão repletas de estudantes árabes e nossos hospitais cheios de competentes médicos árabes.

Na verdade, os árabes mais livres e com o mais alto padrão de vida no Oriente Médio (sem contar os países produtores de petróleo) são os de Israel. Só em Israel as mulheres árabes são livres para estudar e trabalhar em qualquer área de sua escolha. Elas compõem 70% do corpo estudantil árabe em Israel. Os gays e homossexuais palestino-israelenses e árabes só encontram refúgio na maior cidade israelense: Tel Aviv.

Essa gente fala de “territórios ocupados” como se não houvesse um contexto bastante razoável para tal ocupação, como proteger as cidades israelenses dos terroristas que já iniciaram várias guerras contra Israel, pois não aceitam nada além de sua total destruição. Manter os militares nesses locais estratégicos, portanto, é questão de segurança nacional, de pura e simples sobrevivência do povo de Israel. Um “detalhe” que os “humanitários” costumam ignorar, pois no fundo também desejam a destruição de Israel. Esse pessoal ignora a cronologia dos fatos por conveniência:

Antes dos atentados, mais de 120 mil palestinos trabalhavam em Israel. Em cada casa palestina havia, pelo menos, uma pessoa que trabalhava em Israel.

Somente após ver seus cidadãos transformados em alvos do terror é que Israel começou a instituir as medidas de segurança que alguns estão tentando, injustamente, chamar de “apartheid”.

O maior problema que os palestinos enfrentam hoje não é Israel ou um ilusório “regime de segregação”, mas a falta de uma liderança palestina unificada e visionária.

O problema para os confrontos no Oriente Médio nunca foi Israel. São os próprios palestinos, ou suas lideranças terroristas, que não aceitam em hipótese alguma a presença dos judeus em sua terra santa e histórica. Quem finge não enxergar nada disso e ainda tenta bancar o “humanista” preocupado com as vítimas palestinas, sem citar em sua indignação uma só vez os terroristas do Hamas, preferindo destilar todo o ódio ao único país democrático e livre da região, pode disfarçar o quanto quiser, mas nós estamos aqui para colocar os pingos nos is: é judeofobia sim!

Rodrigo Constantino

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