Por Sérgio Alves de Oliveira, publicado pelo Instituto Liberal
Nesse mundo de inversão e corrupção de valores, onde os urubus que voam mais baixo chegam a fazer as suas necessidades fisiológicas sobre os que voam mais alto, não é de surpreender que os esquerdistas,”esquerdopatas”, ”esquerdalhas”, e todos os outros similares, vomitem a todo momento acusações contra os que não compartilham das suas posições ideológicas e politicas, taxando-os de “fascistas”.
Pretendo mostrar, no entanto, que essa gente “perturbada” faz as suas acusações olhando para o próprio espelho, seguindo à risca o “conselho” de Lenin, o grande comandante da revolução bolchevique de outubro de 1917: “acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”.
Resolvi atacar de frente esse problema, porque já cansei de tanto tropeçar nessas acusações de “fascista” jogadas ao ar a todo instante contra todos os que têm posição ideológica diferente da “deles”. Mas não consigo distinguir ao certo se “eles” fazem isso por absoluta ignorância sobre o real fascismo, ou se seria má-fé mesmo.
O fascismo foi uma posição ideológica e política nascida na Itália em 1910, e que foi levado ao poder nesse país (de 1922 até 1943) por Benito Mussolini, que era chamado por seus seguidores de “Duce” (líder). O fascismo italiano pode ser definido como o FASCISMO CLÁSSICO, surgindo no cenário da crise econômica decorrente da 1ª Guerra Mundial. Tornou-se hoje uma expressão muito comum utilizada em manifestações públicas e nas redes sociais da internet, geralmente de maneira muito genérica e inapropriada. Na Itália o fascismo nasceu e se manteve como um regime totalitário, autoritário, nacionalista e ANTILIBERAL. Os cientistas políticos modernos definiram como NEOFASCISTAS os regimes semelhantes ao fascismo italiano surgidos nos outros países.
Uma característica do neofascismo, segundo o escritor britânico George Orwell, é que “mesmo os grandes estados (neo)fascistas diferem em boa medida um do outro em estrutura e ideologia”. O cientista político Chip Berlet escreveu: “o fascismo é uma corrente política complexa que parasita outras ideologias, possui muitas tensões internas e contradições, e possui um aspecto camaleônico, que se apropria de símbolos históricos, ícones, slogans, tradições, mitos e heróis da sociedade que deseja modificar”. Para sua própria conveniência, no Brasil o neofascismo “camaleão” se associou com a esquerda, apontando os seus canhões contra os “outros”, acusados indevidamente de “fascistas”, quando na verdade eles são os próprios acusadores.
Mas o absurdo do neofascismo tupiniquim é que, enquanto movimento político e social, ele possui uma retórica populista que combate a “corrupção”e a falência dos valores morais. Aproveita-se das crises econômicas, sociais e políticas que paradoxalmente são de pura responsabilidade do neofascismo esquerdista que governou o Brasil de 1985 a 2018. A esquerda agora ainda tem a “cara-de-pau” de atribuir esses malfeitos a quem não tem culpa e procura corrigir os erros do passado. Uma grande ironia o PT “neofascista” estar criticando os outros de autoria de corrupção e desvio dos valores morais. Quem não lembra da roubalheira dos 10 trilhões de reais que fizeram ou do “Queermuseu”, a “menina -dos-olhos” da esquerda?
Apesar do neofascismo não ter ideologia, ele sempre se aproximou mais da esquerda. Mussolini, antes de implantar o fascismo, foi socialista. E o governo brasileiro que mais se envolveu com o fascismo foi o de Getúlio Vargas, que adotou na íntegra o “Codice Del Lavoro” de Mussolini (origem da CLT) e cujo partido a que pertenceu, o antigo Partido Trabalhista Brasileiro-PTB, embora tenha trocado a sigla para PDT, hoje é um dos sócios “esquerdistas” do Foro San Pablo-FSP, ou seja, esquerda “puro sangue”.
Sobre o autor: Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS